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Noticiário - Antonio Roque Citadini

Thursday, March 30, 2006

Críticas de Patarkatsishvili ecoam na imprensa georgiana

A imprensa georgiana cobriu intensamente, em 29 de março, o depoimento do influente magnata financeiro e da mídia, Badri Patarkatsishvili, e alguns jornais descreveram a crítica expressa por Patarkatsishvili para com as autoridades, como "chocante."

O diário “Rezonansi” (Resonance) disse que "até mesmo os restos de uma relação harmoniosa entre Patarkatsishvili e as ‘autoridades revolucionárias’ foram chocantemente destruídas" depois que o magnata fez pronunciamento em uma assembléia da Federation of Georgian Businessmen” (FGB) no qual Patarkatsishvili acusa abertamente as autoridades de pressionar seus negócios e sua estação da televisão “Imedi”.

O jornal também entrevistou Levan Ramishvili, um dos defensores dos direitos humanos do “Liberty Institute”, considerado um aliado próximo do influente parlamentar Giga Bokeria, do partido do governo “National Movement”.

"Foi um erro que nenhuma ação legal tenha sido tomada contra Patarkatsishvili. Parece que nós estamos vendo agora os resultados de nosso acordo. Nenhuma democracia será estabelecida na Geórgia se sacos de dinheiro controlarem as autoridades", disse Levan Ramishvili.

Patarkatsishvili, que retornou à Geórgia em 2001, é procurado pela Rússia por acusações de fraude.

O “Rezonansi” especula que os partidos de oposição lançarão agora uma "caça" ao dinheiro de Patarkatsishvili.

O diário “24 Saati” (24 horas) disse que apesar do duro discurso de Patarkatsishvili, outros empresários se contiveram de ter uma postura de linha-dura similar e fizeram declarações relativamente cautelosas. "Embora eles não tenham negado que persistem os problemas nas relações entre o setor empresarial e as autoridades, e chamaram para um diálogo," leu-se no “24 Saati”.

O jornal entrevistou o analista Davit Narmania do “Georgian Young Economists Association” (GYEA), que disse que as declarações feitas por Badri Patarkatsishvili não foram somente motivadas politicamente, pois seu discurso refletiu reais problemas no setor empresarial na Geórgia.

"Nós temos leis que permitem às autoridades encontrar uma razão para iniciar procedimentos legais contra Patarkatsishvili, naturalmente se o governo quiser fazer isso," disse Davit Narmania.

(Civil Georgia, http://www.civil.ge/eng/article.php?id=12219, 30/03/2006)

Wednesday, March 29, 2006

Autoridades consideram magnata como um inimigo político

Críticas pronunciadas por influente veículo da mídia e pelo magnata financeiro Badri Patarkatsishvili, em 29 de março, foram imediatamente denunciadas pelas autoridades como um ataque à Geórgia pelos "oligarcas, Moscou e chefes do crime" e como uma tentativa "de chantagear o governo da Geórgia." Alguns analistas sugerem que o atual desentendimento é um sinal de que o governo perdeu sua forte eficiência nos negócios.

Badri Patarkatsishvili, o magnata fugitivo que é procurado pela Rússia, por acusações de fraude e, dizem que, estaria, desde 2001, investindo dezenas de milhões de dólares americanos na economia da Geórgia, assim que chegou em Tbilisi, acusou as autoridades de pressionar sua emissora “Imedi TV” e de cometer extorsão de dinheiro contra seus negócios. Patarkatsishvili estava falando em uma assembléia anual da “Federation os Georgian Businessmen” (FGB) em 29 de março. Este influente lobby, é presidido por Patarkatsishvili e reúne um grupo de 110 companhias.

(Civil Georgia, http://www.civil.ge/eng/article.php?id=12214, 29/03/2006)

Autoridades consideram magnata como um inimigo político

Críticas pronunciadas por influente veículo da mídia e pelo magnata financeiro Badri Patarkatsishvili, em 29 de março, foram imediatamente denunciadas pelas autoridades como um ataque à Geórgia pelos "oligarcas, Moscou e chefes do crime" e como uma tentativa "de chantagear o governo da Geórgia." Alguns analistas sugerem que o atual desentendimento seja um sinal de que o governo perdeu força nos negócios.
Badri Patarkatsishvili, o magnata fugitivo que é procurado pela Rússia, por acusações de fraude e, dizem que, estaria, desde 2001, investindo dezenas de milhões de dólares americanos na economia da Geórgia, assim que chegou em Tbilisi, acusou as autoridades de pressionar sua emissora “Imedi TV” e de cometer extorsão financeira contra seus negócios.
Patarkatsishvili estava falando em uma assembléia anual da “Federation os Georgian Businessmen” (FGB) em 29 de março. Este influente lobby, é presidido por Patarkatsishvili e reúne um grupo de 110 companhias.
Ele disse ao dirigir-se ao fórum que não tem mais a intenção de “manter o silêncio” sobre “os métodos que as autoridades recorrem" como também que "manter-se hoje silencioso é igual a um crime.”
Patarkatsishvili controla a holding de mídia Imedi, que reúne uma estação de televisão e rádio. Ele disse que os sinais de tensões com as autoridades começaram a aparecer logo após 12 de fevereiro, quando sua estação de televisão, Imedi TV, transmitiu detalhes sobre as circunstâncias do assassinato de Sandro Girgvliani, de 28 anos, chefe do “ United Georgian Bank ’ s International Relations Department ”, sugerindo que alguns altos executivos do Ministério do Interior poderiam estar ligados ao assassinato.
"Isto unicamente se transformou em razão de desagrado das autoridades, as quais forçaram os altos escalões financeiros a buscar uma prova de irregularidade em meus negócios e em minhas companhias, tentando coagir os jornalistas da TV “Imedi” e assim criar uma situação que mostrasse uma imagem favorável das autoridades envolvidas". Assim disse Badri Patarkatsishvili.
Recentemente, alguns parlamentares influentes do partido governamental, notadamente Giga Bokeria, têm repetidamente acusado a estação de TV ”Imedi" de fazer “cobertura distorcida" do desenrolar político recente do país.
Falando no mesmo fórum de negócio, Irakli Rukhadze, membro do conselho da Imedi TV, executivo principal da Salford Geórgia - uma companhia, segundo boatos, filiada aos negócios de Patarkatsishvili - disse que a gerência da televisão não poupa esforços para "despolitizar a Imedi TV."
"Recentemente eu ouvi que a Imedi TV se transformou em uma estação de televisão da oposição. Isto não é verdade. Esta televisão é um negócio. Nós decidimos deixar as atividades da Imedi TV totalmente transparentes e abertas para a sociedade; além disso, nós planejamos fazer um conselho aberto da televisão e convidar pessoas absolutamente imparciais e independentes, de modo que possam ver nossa tática editorial e nosso processo de tomada de decisão. A Imedi TV é uma empresa que tenta divulgar a notícia de forma imparcial, assim como, divertimento" disse Irakli Rukhadze.
Patarkatsishvili também acusou as autoridades de extrair dinheiro ilegalmente do empresariado para assim chamar 'Lei do Reforço dos Fundos de Desenvolvimento.'
O desenvolvimento do Exército e a Lei do Reforço dos Fundos de Desenvolvimento, foram lançadas na Geórgia, pouco depois da “Revolução Rosa” de 2003, para, como as autoridades declaram, coletar doações do “comércio patriótico” para aumentar as capacidades das Forças Armadas Nacionais e das agências de segurança legais. As autoridades, porém, dizem que esses fundos já foram abolidos e as informações sobre eles são transparentes.
Um destes fundos foi ajustado a maior no Escritório do Promotor Geral, onde um total de 160 milhões de Laris (1 dólar =1,82 laris; 1 libra = 3,47 laris) foi acumulado... Foi dinheiro dado por empresários como pagamento compulsório, e quase nenhuma operação deixou de sofrer essa cobrança... “Eu penso que nós temos o direito de receber a informação sobre a verdade e especialmente aqueles empresários que deram dinheiro para esses fundos de diferentes formas - muitos deles com carros, outros em espécie, outros em ações”. Assim disse Patarkatsishvili.
Temur Chkonia, Gerente Geral da Coca-Cola na Geórgia, que também controla o McDonald’s na Geórgia, disse na Assembléia que acha que aqueles "equívocos" das autoridades que foram mencionadas no discurso de Badri Patarkatsishvili, estavam provavelmente mais para "erros de determinados indivíduos do que da política oficial das autoridades."
"Eu não quero entender isto como uma política do Presidente, ou do Presidente do Parlamento, ou do Primeiro Ministro, o qual é dirigido para instalar estes tipos de fundos injustos e para estabelecer relações despropositadas entre o setor empresarial e o setor político... Erros são possíveis, mas nós devemos conjuntamente e construtivamente reverter estes problemas", disse Chkonia.
Patarkatsishvili disse também em seu pronunciamento, que sua declaração não deveria provocar irritação entre as autoridades, assim como suas "críticas construtivas" não estavam vindo "de um inimigo." No fim de seu discurso Patarkatsishvili tentou suavizar suas críticas elogiando os esforços do governo em desenvolver a economia na República Autônoma de Adjara.
Logo depois desta declaração, o Movimento Nacional Giga Bokeria convocou uma coletiva de imprensa e acusou Patarkatsishvili de chantagear as autoridades. Disse que as críticas de Patarkatsishvili foram desencadeadas pelo fato das autoridades georgianas impedirem que "ele se transforme um Don Corleone da economia georgiana."
"Parece que Patarkatsishvili não pode se esquecer de seu passado, quando,durante o governo de Boris Yeltsin, ele e seus amigos controlaram tudo, as autoridades, os negócios e adquiriram quantidades enormes de propriedade. Entretanto, a Geórgia de hoje não é a Rússia de Yeltsin. Ao mesmo tempo, a atual Geórgia não é a Rússia de Putin, onde os oponentes políticos são perseguidos ou presos, onde as televisões são fechadas. Eu quero realçar esta televisão, pois a liberdade de expressão é intocável. O Sr. Patarkatsishvili pode estar envolvido na política, negócios, mas ele não é capaz de chantagear as autoridades através da sua própria televisão e sua influência" disse Bokeria.
Bokeria acrescentou que com aquele pronunciamento de Patarkatsishvili, ele descobriu o magnata como "um líder e um patrocinador aparente da oposição."
O magnata fugitivo Patarkatsishvili começou a ganhar influência comprando ações de fontes independentes de mídia, e investindo em imóveis, e estabelecendo uma instituição beneficente. Ele também se tornou o Presidente do Comitê Olímpico na Geórgia.
Segundo dizem, ele conseguiu manter bons laços com todas as principais forças políticas no país, especialmente com as autoridades, tanto com a administração do ex-Presidente Shevardnadze como com a do Presidente Saakashvili. Os primeiros sinais do rompimento, entretanto, apareceram em abril de 2005, quando Patarkatsishvili admitiu que "uma rachadura apareceu entre o setor empresarial e o governo" depois que as autoridades aboliram os Tax Arbitration Councils, que foram vistos pela comunidade empresarial como a única entidade significativa e independente que poderia resolver disputas de imposto com o governo.
O analista político Ia Antadze defende que o recente rompimento muito provavelmente terá conseqüências políticas.
"Inicialmente, quando o governo controlava totalmente os negócios, não havia nenhum dinheiro deixado solto para a oposição e para a mídia, assim o governo, nesta situação, recebia benefícios de ambos os lados. Naturalmente, aqueles empresários, ou oligarcas, que ao menos parcialmente, perdem a influência das autoridades, começarão investindo na mídia e na oposição, o que certamente, gerará um desconforto para as autoridades", disse Ia Antadze.
Temur Iakobashvili, da comissão Georgian Foundation for Strategy and International Studies (GFSIS) supõe que o recente rompimento foi "principalmente economicamente motivado”. "Podem haver diversos cenários para outros desenvolvimentos. Patarkatsishvili pode até começar a financiar a oposição, ou sairá do país", Iakobashvili disse ao Civil Georgia.

Oficiais do governo denunciam críticas de magnata como chantagem

Giga Bokeria, influente parlamentar governista do Movimento Nacional, apresentou acusações contra Badri Patarkatsishvili, magnata de finanças e da mídia, em 29 de março, “por tentativa de chantagem das autoridades georgianas”.

Bokeria falou em uma entrevista a jornais logo depois que Patarkatsishvili expressou suas críticas sobre duas atuações principais: pressão sobre a montagem de editoriais em sua estação da televisão, “Imedi TV”, e prática ilegal de concessão nos negócios.

Eu quero agradecer o Sr. Patarkatsishvili por ter saído finalmente das sombras; em conseqüência nós vimos um líder real e, provavelmente, o patrocinador da oposição. Quero agradecer-lhe especialmente por sua franqueza. O Sr. Patarkatsishvili explicou diretamente à sociedade qual a real razão de seu descontentamento. Ele disse francamente que seu desagrado era causado por decisões tomadas pelas autoridades georgianas, que não apreciam determinados privilégios e não querem que ele se torne o Don Corleone dos negócios georgianos”, declarou em 29 de março Giga Bokeria.

Bokeria disse que no fim de 2005 e no início de 2006 Patarkatsishvili perdeu muitos negócios, inclusive o arrendamento do 9° e 10° cais de atracação do porto de Poti ( importante centro químico e petrolífero georgiano).

Depois disso ele decidiu usar o assassinato de Sandro Girgvliani para exercer pressão sobre as autoridades e lançou ataques através de sua própria emissora de TV. Isto é o que ele diz”, acrescentou Bokeria.

Parece que Patarkatsishvili não pode se esquecer de seu passado, quando, durante o governo de Boris Yeltsin, ele e seus amigos controlaram tudo, as autoridades, os negócios, e adquiriram quantidades enormes de propriedades. Entretanto, a Geórgia de hoje não é a Rússia de Yeltsin. Ao mesmo tempo, a atual Geórgia não é a Rússia de Putin, onde os oponentes políticos são perseguidos ou presos, onde as emissoras de TV são fechadas. Eu quero realçar esta televisão, pois a liberdade de expressão é intocável. O Sr. Patarkatsishvili pode estar envolvido na política, negócios, mas ele não é capaz de chantagear as autoridades através de seu próprio canal e sua influência”, disse Bokeria.

Bokeria também declarou estar se tornando claro que “"atualmente, os oligarcas de Moscou e chefes criminosos estão lutando contra as autoridades georgianas.”

Eles perderão suas forças, pois as autoridades georgianas não sacrificarão os direitos humanos, a liberdade de expressão ou suas obrigações nesta luta”, continuou Bokeria.

Comentando as afirmações de Badri Patarkatsishvili sobre a retomada do diálogo entre o setor de negócio e os governantes, Bokeria disse que “se este diálogo indicar que alguém queira patrocinar negócios sem que as autoridades acompanhem seus passos sem o aval de Patarkatsishvili, então, esta espécie de diálogo não pode ser encaminhada, porém, outra forma de tratamento é absolutamente aceitável.”

(Civil Georgia, http://www.civil.ge/eng/article.php?id=12123, 29/03/2006)

Patarkatsishvili acusa autoridades de pressão contra sua TV

A influente mídia georgiana e Badri Patarkatsishvili, magnata financeiro e proprietário da estação da televisão “Imedi”, disseram em 29 de março que as autoridades da Geórgia pressionaram sua emissora e outros negócios depois que a TV “Imedi” transmitiu alguns detalhes sobre o assassinato de Sandro Girgvliani, de que resultou um escândalo que envolve oficiais da cúpula do Ministério do Interior.

Não é nenhum segredo que a TV “Imedi” foi a primeira a relatar as circunstâncias do assassinato de Sandro Girgvliani. Eu sou pessoalmente responsável - não os jornalistas - por esta verdade (relatada pela TV em 12 de fevereiro). Isto se transformou na única razão de desagrado das autoridades, as quais forçaram os altos escalões financeiros a buscar alguma prova de irregularidade em meus negócios e em minhas empresas, tentando pressionar os jornalistas da TV “Imedi” para, assim, criar uma situação mostrando uma imagem favorável às autoridades envolvidas.” Assim disse Badri Patarkatsishvili.

Ele estava falando numa assembléia da “Federação de Empresários de Geórgia” (FGB), influente grupo empresarial que é presidido pessoalmente por Patarkatsishvili.

Disse ele que nunca se renderá à pressão das autoridades. “Se eu concordar com isso, como poderei olhar em seus olhos? Como poderei olhar nos olhos da mãe de Sandro Girgvliani, de seus amigos, e ainda, nos olhos da sociedade? Assim, eu recuso categoricamente iludir o povo georgiano através das telas de minha televisão”, disse Patarkatsishvili.

Esta posição tomada por mim tem sido descrita pelas autoridades como chantagem. Eles tentam disseminar a idéia de que estou exercendo uma pressão sobre o governo, através da TV, porque eles não estão me deixando comprar tudo e a todos. Eu quero declarar que não sou uma pessoa ávida por fazer dinheiro”, acrescentou.

Recentemente, alguns parlamentares influentes do partido do governo, notadamente Giga Bokeria, têm repetido acusações contra a estação de TV ”Imedi" por fazer “cobertura distorcida" do desenrolar político recente do país.

O parlamentar Giga Bokeria, considerado como um dos responsáveis pelas decisões-chave entre as autoridades, disse em entrevista à TV “Imedi”, em 24 de março: “a linha de raciocínio e o objetivo editorial por vocês escolhido são, a meu ver, tendenciosos.”

Embora tenha havido numerosas acusações contra autoridades sobre interferência na liberdade de expressão dos editoriais televisivos, esta declaração de Badri Patarkatsishvili é o primeiro caso em que o dono da TV acusa publicamente as autoridades de fazer pressão contra sua emissora de televisão.

(Civil Georgia, http://www.civil.ge/eng/article.php?id=12211, 29/03/2006)

Oposição saúda atitude de magnata

Líderes da oposição saudaram a tendência que os homens de negócios por si iniciaram, como eles se posicionaram, “falar abertamente contra a pressão das autoridades nos negócios”

Líderes dos partidos Republicano, Conservador, do Trabalho e Novos Direitos reuniram-se em 29 de março para discutir uma estratégia conjunta na véspera do comício de protesto, o qual a oposição planeja por em cena contra as autoridades policiais em 30 de março, em Tbilisi. Eles também comentaram sobre a crítica expressada pelo influente homem da mídia e magnata financeiro Badri Patarkatsishvili contra as autoridades.

Até agora somente a oposição estava falando livremente e sem medo contra a pressão das autoridades sobre os negócios. Eu espero que o governo deseje de alguma forma melhorar quanto a isso se os homens de negócios por si começarem a falar sobre isso,”, disse Tina Khidasheli do Partido Republicano.

Nós iremos sempre combater as tentativas das autoridades de estabelecer um regime autoritário onde não haja liberdade de negócios e de imprensa,” disse MP Koba Davitashvili, líder do Partido Conservador.

Parlamentares influentes do Partido do Movimento Nacional Giga Bokeria denunciou a crítica de Badri Patarkatsishvili como uma tentativa de chantagear autoridades e descreveu o magnata como “um líder de oposição e aparente patrocinador da oposição.”

A oposição não recebe qualquer dinheiro de Patarkatsishvili, embora nós desejássemos aceitar recursos dele se houvesse tal proposta,”, disse MP Pikria Chikhradze do partido dos Novos Direitos.

(Civil Georgia, http://www.civil.ge/eng/article.php?id=12215, 29/03/2006)

Tuesday, March 28, 2006

Schröder propõe defender os interesses da Rússia no Ocidente

O ex-chanceler alemão Gerhard Schröder levou na segunda-feira a Moscou um polêmico projeto para criar na Alemanha uma estrutura para defender os interesses da Rússia no Ocidente, informou hoje o influente diário de negócios russo "Kommersant".

Schröder propõe defender os interesses da Rússia no Ocidente

Schröder, que após deixar seu posto oficial obteve um cargo na direção da companhia russo-alemã Gasoduto da Europa do Norte (NEGP), apresentará seu projeto ao presidente russo, Vladimir Putin, com quem mantém uma relação pessoal muito próxima.

Segundo o diário, Schröder propõe criar na Alemanha um grupo para formar no Ocidente uma imagem atrativa da Rússia, defender seus interesses econômicos e assegurar uma cobertura informativa propícia a projetos russo-germânicos, como o NEGP.

No entanto, o "Kommersant" informa que o projeto suscitou receios tanto na Alemanha, já que prevê um financiamento com "doações" do empresariado russo, como no Kremlin, que teme que tal idéia prejudique suas relações com a chanceler Angela Merkel.

O aspecto financeiro parece incomodar pessoas que Schröder deseja atrair a seu projeto, como Klaus Mangold, membro da junta diretora do consórcio Daimler-Chrysler e o presidente do Comitê Alemão de Comércio com os Países do Leste.

"Conheço essa proposta, mas acho que, se se trata de uma estrutura alemã, esta deve ser financiada por companhias alemãs, e não russas. Caso contrário, sua independência será prejudicada", disse Mangold ao jornal russo.

Alexander Rahr, analista do Conselho de Política Externa alemão, disse ao "Kommersant" que o financiamento das entidades que impulsionarão a cooperação bilateral deve ficar a cargo de fundações não-governamentais, empresas alemãs, estruturas da União Européia e, em parte, do Governo da Alemanha, mas não da Rússia.

Segundo fontes do jornal, Schröder propôs nomear como dirigente do novo centro seu velho amigo Volker Ruehe, que na década de 1990 foi ministro da Defesa no Governo do chanceler Helmut Kohl.

Analistas consultados pelo jornal consideraram "lógica" a proposta de Schröder, mas destacaram que a reputação do ex-chanceler foi prejudicada depois que aceitou a oferta do monopólio russo Gazprom para dirigir o Gasoduto do Norte, para levar gás russo à Alemanha e à Europa pelo Mar Báltico.

Após a recente guerra do gás entre Rússia e Ucrânia, que afetou às provisões aos países da União Européia, a construção do NEGP - evocado para evitar que as exportações russas dependam das condições de passagem por terceiros países - é vista na Alemanha, Polônia e nos Estados bálticos como um projeto político.

Além disso, Mengold disse que nos países europeus observa-se com temor a política do Kremlin com o objetivo de ampliar a presença do Estado nas grandes companhias, sobretudo do setor energético.

Neste contexto, segundo o "Kommersant", o Kremlin teme que seu respaldo aberto à iniciativa de Schröder repercuta de forma negativa nas relações com Berlim às vésperas da visita de Merkel a Moscou, prevista para o fim de abril.

EFE

(Rússi@net, http://www.russiahoje.net/artigo-3064.html, 28/03/2006, 23h14)