Sovietic News - Notícias

Noticiário - Antonio Roque Citadini

Saturday, November 25, 2006

Governistas russos culpam Berezovsky por morte de espião

Uma mensagem deixada no leito de morte, por Alexander Litvinenko, ex-espião russo, envenenado, pode ter acusado o presidente russo Vladimir Putin, porém. políticos aliados ao Kremlin e redes de televisão estatais apontaram o dedo para um notável inimigo de Putin na Grã-Bretanha — o magnata Boris Berezovsky, publicou a Associated Press.
Políticos aliados ao governo de Putin, sugeriram que a morte de Litvinenko em um hospital de Londres nesta quinta-feira, era parte de uma trama contra a Administração russa e alegaram que Berezovsky, um importante crítico de Putin, cujo asilo na Inglaterra irritou o Kremlin, estaria envolvido no assassinato.
"A morte de Litvinenko, tanto para a Rússia, como para os serviços de segurança, não significa nada", disse Valery Dyatlenko, vice-presidente do Comitê de Segurança da Câmara, na sexta-feira, ao canal estatal Channel One, salientando que nem o Kremlin nem as agências de inteligência da Rússia teriam motivos para matá-lo. "Eu acho que isto é um outro tipo de jogo de Berezovsky".
Berezovsky fez sua fortuna em duvidosos negócios de privatização depois do colapso Soviético em 1991 e se tornou um influente protegido do Kremlin durante o mandato do presidente Boris Yeltsin, mas perdeu seu favoritismo com Putin e fugiu para a Inglaterra em 2000 a fim de evitar uma investigação por lavagem de dinheiro, a qual, segundo ele, tinha motivação política.
Durante anos, ele vinha sendo um espinho para Putin, atacando-o para que voltasse a democracia e acusando os serviços de segurança russos de terem organizar os atentados com bombas contra prédios em 1999, que ajudaram a desencadear a guerra na Chechênia.
Essa acusação pode ser vista como um ataque pessoal contra Putin, um ex-chefe do Serviço de Segurança Federal, que ascendeu à presidência, em parte, pela força da popularidade conseguida através da sua atitude severa na Chechênia, na época como Primeiro Ministro.
Berezovsky financiou um livro de co-autoria de Litvinenko, detalhando a suposta conspiração do bombardeio, embora seus nomes já estivessem ligados desde 1998, quando Litvinenko acusou publicamente seus superiores do Serviço de Segurança Federal, conhecido como KGB, de mandá-lo matar Berezovsky. Ambos viviam na Inglaterra e Berezovsky, que se dedicou por algum tempo no hospital ao lado da cama de Litvinenko, disse suspeitar que os serviços de inteligência da Rússia estivessem por trás da suposta tentativa de assassinato. Porém, na Rússia, na sexta-feira, os governistas aliados do Kremlin sugeriram que Berezovsky seria o responsável pelo envenenamento.
"Possivelmente existe um conflito", disse Nikolai Kovalyov, deputado e ex-chefe da FSB (ex-KGB), ao canal estatal Channel One. "Para desatar este nó, chamado relacionamento entre Berezovsky e Litvinenko, seria necessário receber o máximo benefício, e a vantagem aqui para Boris Abramovich (Berezovsky) é... a acusação de envolvimento da Rússia no assassinato". Litvinenko tinha laços próximos de amizade "com alguns oligarcas, entre eles Berezovsky, que recentemente foi privado da possibilidade de comprar o poder corrupto com dinheiro roubado e aparentemente, não aceitou isto", disse Konstanin Kosachev, Chefe do Comitê de Relações Exteriores da Duma, Câmara Baixa do Parlamento da Federação Rússia.
"Está claro que podemos estar falando sobre uma ação com o propósito de atingir a Rússia moderna", Disse Kosachev, um membro da Rússia Unida, atualmente o partido mais influente sobre o Kremlin, cujos comentários freqüentemente refletem a posição das autoridades. Disse o Channel One.
As observações de Sergei Yastrzhembsky, representante do Kremlin para as relações com a União Européia (UE), ecoaram, ele não deu nome algum, mas sugeriu aos repórteres em Helsinque, que alguém estaria matando críticos do governo para desabonar o Kremlin. "Estou longe de ser um perito na teoria da conspiração. Porém, parece-me que estamos encarando uma campanha bem orquestrada ou um plano para conseqüentemente levar a Rússia e seu líder ao descrédito". Putin e outros altos executivos russos insinuaram repetidamente que forças de Londres, estão fora para enfraquecer a Rússia. Depois do assassinato da jornalista russa Anna Politkovskaya, uma feroz crítica da guerra da Chechênia, no mês passado, Putin declarou: "pessoas que estão escondidas das leis de execução russas, têm feito planejado sacrificar alguém e criar uma onda anti-Rússia no mundo", uma possível referência a Berezovsky.
Promotores russos disseram, no início deste ano, que tinham entrado com um novo pedido de extradição de Berezovsky, à Inglaterra, depois do oligarca ter sido acusado de planejar um ataque violento contra o poder.
MosNews
(MosNews,

Wednesday, November 22, 2006

Rússia e Inglaterra Assinam Acordo de Extradição

A Grã-Bretanha e a Rússia assinaram um acordo de extradição, permitindo aos promotores russos colaborem diretamente com a Inglaterra, quando formalizarem pedidos de extradição, noticiou o Financial Times na quarta-feira.

Citando um alto executivo britânico do Crown Prosecution Service-CPS (equivalente ao Ministério Público Brasileiro), o jornal informou que Ken Macdonald, diretor britânico de Promotoria Pública e o representante russo do promotor geral Alexander Zvyaginsev, assinaram um memorando de cooperação legal, em Londres, há uma semana.
O acordo autorizará os promotores russos a trabalhar diretamente com o CPS para garantir que seus pedidos sejam corretamente formalizados e demonstrem evidências relevantes.
De acordo com o jornal, a questão da recusa da Grã-Bretanha em extraditar russos exilados para sua terra natal, surgiu regularmente em reuniões entre os dois países, tanto em reuniões ministeriais, quanto em conversas entre o Presidente russo Vladimir Putin e o Primeiro-Ministro britânico Tony Blair. No entanto, não está claro se o memorando irá alterar muito o número de extradições da Grã-Bretanha.
"Isto não muda, de forma alguma, a atual lei de extradição", o Financial Times não mencionou o nome do representante da CPS que deu a declaração.

Executivos britânicos, falando anonimamente, sugeriram ao jornal que o acordo talvez ajude a convencer a Rússia que as decisões judiciais para se conceder ou não extradições são independentes e não-políticas.
No momento, pedidos de extradição devem ser atestados pelo Home Secretary (Ministro do Interior), e então ouvidos pelos Tribunais, com o CPS agindo em favor do país que fez a petição.
Existem vários importantes executivos russos vivendo exilados na Grã-Bretanha, e a presença deles foi colocada em evidência recentemente devido ao possível envenenamento de Alexander Litvinenko, ex-espião russo, e agora um cidadão britânico.
Tanto o polêmico empresário Boris Berezovsky, quanto o líder checheno Ahmed Zakayev, vivem atualmente na Grã-Bretanha.

MosNews

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2006/11/22/extradagreem.shtml, 22/11/2006)

Tuesday, November 21, 2006

Termina a Saga da Venda do West Ham

Por - Martyn Ziegler

The Guardian

Está sendo esperado que o West Ham anuncie hoje pela manhã à Bolsa de Valores a venda do clube a um consórcio islandês. Os últimos detalhes da negociação estavam sendo finalizados ontem, em preparação para o anúncio da venda, por £75 milhões de libras mais um acordo de assumir a dívida do clube de £22,5 milhões de libras.
Eggert Magnusson, presidente da federação islandesa de futebol, se tornará o novo presidente, embora tenha que esperar algumas semanas, até que a mudança seja processada, para que possa substituir, formalmente, o atual presidente Terry Brown. Outrora Magnusson assumiu que renunciaria a seu cargo na Federação Islandesa de Futebol e iria se retirar como membro do comitê executivo da Uefa (União Européia de Futebol).
Magnusson, de 59 anos de idade, se reuniu com Brown durante o fim de semana e confirmou que assim que completasse, na sexta feira, a auditoria nas contas do clube, o consórcio faria uma proposta formal, na qual controlaria mais de 70% das ações. O principal financiador do consórcio é o bilionário Bjorgolfur Gudmundsson, presidente do banco islandês Landsbanki.
A venda não deve afetar a posição de Alan Pardew: Magnusson já se reuniu com o técnico para tranqüilizá-lo sobre o seu apoio e para informá-lo que ele terá verba para contratações em janeiro, no período de transferências de atletas.
Mais incerto, no entanto, é o futuro de Carlos Tévez e Javier Mascherano, os argentinos foram levados ao West Ham por intermédio do iraniano Kia Joorabchian, que liderava a proposta rival, mas que não teve êxito na aquisição do clube.
Magnusson disse recentemente: "Eu sempre tive uma queda pelo West Ham - sua marca registrada durante muitos anos foi um bom futebol de ataque, e é disso que eu gosto".

(The Guardian, http://football.guardian.co.uk/News_Story/0,,1953008,00.html, 21/11/2006)

Magnusson finaliza negociação e encerra incertezas do West Ham

Por Jason Burt

O consórcio islandês liderado por Eggert Magnusson anunciou ontem à noite que comprou o West Ham United, em um negócio de £98milhões de libras. Hoje eles farão um novo pronunciamento à Bolsa de Valores.
Como revelado pelo The Independent, no sábado, Magnusson recebeu autorização "irrevogável" para adquirir 75% das ações do clube da Primeira Divisão e assumir a presidência. Esse processo deve estar completo em cerca de nove dias, significando que seu primeiro jogo com controle absoluto será, com o Everton, sem ser neste domingo, no próximo.
Magnusson, que renunciará à presidência da Federação Islandesa de Futebol e o cargo de membro da Uefa (União Européia de Futebol), para assumir o seu novo papel, publicará um documento de oferta e anunciará se quer ou não assumir o controle de 100% das ações, o que parece possível.
Ele também ofereceu um cargo ao atual presidente, Terence Brown, que se tornará o vice-presidente do clube – uma função executiva não remunerada – e outro ao diretor geral Paul Aldridge, que terá a especial responsabilidade para cuidar do desenvolvimento do estádio e da possível mudança da praça olímpica para Stratford, com o secretário geral Scott Duxbury e Nick Igoe, diretor de finanças.
De maior relevância aos fãs é o fato de Magnusson estar reiterando seu apoio ao técnico Alan Pardew, dando respaldo com substanciais verbas para transferências, no período de janeiro. A primeira prioridade de Pardew será um meia-direita, não tendo conseguido contratar Steed Malbranque e James Milner no verão.
O desfecho da troca de controle encerrou o interesse de Kia Joorabchian. O empresário iraniano tentou uma negociação com o West Ham por quase dois anos e ajudou a criar um ar de incerteza em torno do clube pelos últimos quatro meses depois de levar Carlos Tevez e Javier Mascherano ao time.
No entanto, depois de fazer auditoria nas contas do clube, seu financiador, o magnata israelense Eli Papoushado, chegou à conclusão que o West Ham estava pedindo um preço alto demais e não conseguiu adequar uma oferta. O colapso desse negócio, e o êxito de Magnusson, também irá conduzir à partida dos dois argentinos, talvez em janeiro.
A regra da Fifa impede que sejam feitas duas mudanças dentro de uma mesma temporada, mas esse regulamento pode ser relevado, se as duas associações de futebol envolvidas concordarem. A probabilidade é que Tevez e Mascherano, que efetivamente permanecem como jogadores de Joorabchian e têm cláusulas em seus contratos que permitem que eles saiam, partam para Espanha ou Itália com o West Ham não obtendo qualquer retorno nem mesmo uma eventual taxa de transferência.
Magnusson, junto com sua esposa, assistiram a partida do fim de semana com o Chelsea como convidados de Brown, e ontem seu conselheiro, Seymour Pierce, redigiu os detalhes finais da negociação.


(The Independent, http://sport.independent.co.uk/football/news/article2001501.ece, 21/11/2006)