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Noticiário - Antonio Roque Citadini

Saturday, May 12, 2007

Mais uma Veigarice! FIFA investiga venda de Manuel Fernandes

A empresa inglesa – Media Sports Investments (MSI) – que detém metade do passe do ex-benfiquista Manuel Fernandes, de 21 anos, está a ser investigada pela FIFA.
O grupo liderado pelo iraniano Kia Joorabchian tem estado envolvido em operações consideradas suspeitas e o organismo que supe-rintende o futebol mundial encontra-se neste momento a elaborar um relatório sobre as actividades da empresa, que deverá ser divulgado brevemente. E, sabe o Correio Sport, um dos negócios suspeitos envolve o Benfica e Manuel Fernandes, dado que o clube da Luz, em Janeiro de 2005, recebeu cerca de oito milhões de euros por metade do passe do médio.
Depois das acusações de lavagem de dinheiro no Brasil, durante o período em que o MSI geriu e investiu milhões de dólares no Corinthians, clube com o qual celebrara um protocolo, foi agora a vez do West Ham conhecer sérios dissabores pela sua ligação à MSI. O clube inglês foi condenado a pagar 7,9 milhões de euros por irregularidades nas transferências de Carlos Tevez e Javier Mascherano, jogadores contratados ao Corinthians em Agosto último, e ainda arrisca perder pontos, se a Federação inglesa levar em consideração os protestos dos concorrentes directos dos 'hammers' na luta pela despromoção. O 'crime' do West Ham foi ter negociado directamente com Kia Joorabchian e não com o Corinthians, como mandam as regras da FIFA.
Manuel Fernandes despontou no Benfica com 18 anos e logo despertou a cobiça dos mais diversos emblemas do futebol europeu. Muitos eram os pretendentes, mas o Benfica optou por vender metade do passe do médio ao MSI por cerca de 8 milhões de euros. O retorno estava garantido com o compromisso assumido pelo Portsmouth de pagar 18 milhões de euros pelo seu passe, mas na hora da verdade os ingleses recuaram. Dessa verba, o Benfica receberia nove milhões de euros.
O problema parecia estar resolvido com as boas exibições no Everton, mas os riscos de a história com o Portsmouth se repetir são enormes. O treinador David Moyes, aliás, fez soar o alarme ao afirmar publicamente que 18 milhões de euros é um valor algo elevado para as possibilidades do clube. Este será um dos temas que, esta semana, Luís Filipe Vieira terá tratado em Inglaterra.
18 MILHÕES DE EUROS
Manuel Fernandes começou a época a jogar no Portsmouth, da Liga inglesa. Como o clube não quis exercer o direito de opção e comprar o médio por 18 milhões de euros, o ex-benfiquista rumou ao Everton, que também já anunciou que não paga a verba exigida pela empresa MSI.
VIEIRA DIZ QUE FEZ UM GRANDE NEGÓCIO
Quando vendeu metade do passe de Manuel Fernandes à empresa MSI (Janeiro de 2005) por oito milhões de euros, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, disse que fez um "grande negócio" e que defendeu o "património" do clube.

Friday, May 11, 2007

Desconforto para Scudamore enquanto Tevez salva o West Ham



Paul Kelso e Matt Scott
The Guardian


Com a chegada do último fim de semana da temporada da Premiership, os diretores da Sky, procurando por um chute que relaxasse as tensões da pressão incitada pelo iminente rebaixamento e vista como normal, sem espanto no rosto dos torcedores nas arquibancadas. No domingo, no entanto, quando a liga chega a sua rodada final, eles também examinariam o quadro dos diretores em Bramall Lane, onde o incômodo do presidente do Sheffield United, Kevin McCabe, e de seu homólogo do Wigan, Dave Whelan, estava como cada pulsação dos fãs nas arquibancadas.

E, embora seja improvável que eles se sentem juntos, a ocasião não será menos desconfortável para o diretor geral da Premier League, Richard Scudamore.
Desde que o West Ham foi multado em £5,5 milhões de libras ao invés de sofrer uma perda de pontos, por ter participação da terceira parte, Kia Joorabchian na compra de Carlos Tevez e de Javier Mascherano, os gritos de protesto dos dois presidentes aumentaram quase que diariamente. Eles continuaram ontem quando McCabe disse que a liga "estava nos tratando como se fossemos leprosos. É como se nós é que estivéssemos fazendo algo errado".
Na semana passada, Whelan e McCabe uniram seus opositores Fulham e Charlton para examinar uma objeção legal à decisão tomada por uma comissão disciplinar independente. A Premier League está certa de que a decisão do conselho está blindada. Os clubes são signatários de regulamentos da Liga e aprovaram cada etapa do processo e qualquer ação legal seria, por conseqüência, contra eles próprios.
Scudamore disse na quarta-feira, quando estava discursando na conferência de Soccerex (Convenção Internacional de Negócios no Futebol), em Wembley, sobre o assunto. "A Premier League sempre esteve muito confiante que suas regras seriam seguidas, nos termos de como a [comissão independente] ficou convencida e como a decisão final foi resolvida", disse. "Essa comissão decidiu sobre a punição. O West Ham declarou-se culpado das acusações e para a comissão independente do Conselho, a (Premier League) tomou essa decisão. Não resta nenhuma dúvida de que, nos termos do processo, as regras foram seguidas e isso é o fim da questão."
Devido a toda sua confiança no julgamento e no processo que levou a ele, a semana passada não foi confortável para Scudamore. Normalmente seguro e sintonizado com a disposição entre os membros dos clubes, a possibilidade de cinco de seus membros entrarem com um protesto não foi agradável. Junto com algumas críticas de jornais rancorosos sobre a ausência de Tim Howard da equipe do Everton, que perdeu para o Manchester United num jogo crucial pelo título, em abril, fez desta semana uma das mais duras da temporada.
Particularmente não há nenhuma dúvida de que Scudamore e seus colegas estão zangados com o que eles estão vendo, assim como, com a extensão da desinformação dos clubes desesperados. Ele e o presidente da liga, Dave Richards, afirmaram numa carta ao grupo dos quatro, na terça-feira, que sua organização "está perfeitamente satisfeita de que desde se ouviu dizer que o West Ham tomou todas as medidas necessárias para assegurar que os acordos com terceiros, os quais deram a capacidade para que essa terceira parte pudesse materialmente influenciar as políticas do West Ham e o desempenho das suas equipes em partidas da liga, foram rompidos".
O West Ham fez isso, então, em 27 de abril, com uma carta enviada em mãos e remetida por fax ao escritório da Media Sports Investment, a empresa que trouxe Tevez ao Premiership. No mesmo dia o clube remeteu seu comprovante de recebimento do fax à Premier League. A liga aceitou que isto, de acordo com suas exigências, mostrava que os acordos com terceiros para a administração de Tevez foram rompidos, levando em consideração que só é necessário um lado para romper um contrato.
O conselho legal do West Ham declarou que, desde que a turma dos quatro não faz parte de nenhum contrato específico com clubes do Upton Park, não teria nenhuma base para que eles entrassem com uma ação civil contra os Hammers. A carta da liga acrescentou que “não é correto sugerir que a Premier League se esqueceu de suas obrigações ao investigar a quebra de suas regras.”
Se Scudamore se frustrou, ele não conta. "Eu não gastei oito anos neste trabalho para ficar frustrado com os membros dos clubes", disse. "Eu amo a todos carinhosamente e lidar com eles é uma diversão. O resto são só rumores. Este trabalho é normalmente quase 40% do que você espera e 60% do que você não espera, e na última quinzena está claro dizer que tem sido aproximadamente 120% inesperado."


(The Guardian, http://football.guardian.co.uk/News_Story/0,,2077405,00.html, 11/05/2007)

United escondeu cláusula ilegal de Howard

Primeiro contrato tentou fazer goleiro não jogar contra o Manchester
Premier League se preocupa com caso semelhante ao de Tevez

Paul Kelso e Matt Scott

O Manchester United tentou inserir no contrato de Tim Howard com o Everton, uma cláusula ilegal impedindo-o de jogar contra seu antigo time, numa partida no final da temporada entre as duas equipes, quando ele foi transferido a Goodison Park, em fevereiro.
Subentende-se que o chefe executivo do Manchester United, David Gill, incluiu a estipulação num esboço de contrato, que apesar de aparentemente quebrar os mesmos regulamentos da Premier League sob os quais o West Ham recentemente foi multado em £5,5 milhões de libras pelo contrato de Carlos Tevez. A cláusula foi retirada só depois de intervenção, pelo diretor geral da Premier League, Richard Scudamore, que convenceu Gill após 10 dias de negociações, que o contrato deixaria o Manchester aberto para penalidades previstas nos regulamentos da Liga.
A transferência de Howard ao Everton foi o assunto de debates desde que o goleiro não apareceu na partida entre os dois lados, em 28 de abril. Sob os termos do acordo de empréstimo da Premier League, jogadores estão impedidos de jogar contra os clubes que possuem seus contratos, mas como o empréstimo de Howard, em fevereiro tornou-se uma venda, ele deveria estar livre para jogar. No entanto, Scudamore estava ciente de um acordo de cavalheiros entre os clubes, de não colocar Howard para jogar e no caso de seu substituto, Iain Turner, presenteou o United com seu primeiro gol, quando eles estavam perdendo de 2 a 0. Acabaram ganhando por 4 a 2, e com o Chelsea apenas empatando com o Bolton, no mesmo dia, o United deu um grande passo em direção ao título do Premiership.
A revelação de que o United quis restringir a capacidade do Everton de colocar Howard para jogar, levantou uma irregularidade que é desconfortável para a Premier League. A não-escalação do americano, que coincidiu com a aplicação da multa de £5,5 milhões de libras ao West Ham pela quebra de regulamento, prevenindo os clubes que mantém acordos com terceiros, incitou insinuações de que há uma pequena diferença entre o caso de Howard e o de Carlos Tevez e Javier Mascherano e de que a Premier League é culpada por usar dois pesos e duas medidas.
O West Ham foi multado porque terceiros, neste caso a Media Sports Investments e Just Sports, tinham contratos com o clube para a transferência de jogadores, uma potencial influência sobre a conduta do West Ham. Os críticos da situação de Howard sugerem que a recusa do Everton de colocar em campo o goleiro refletem a influência do Manchester United como terceiro interessado. A alegação do Everton é que eles só aderiam ao acordo de cavalheiros, e a Premier League determinou que desde que não houvesse nenhuma repercussão material de sua aparição – fora a raiva de Sir Alex Ferguson - não havia nada para ser contestado.
A revelação parece também causar um impacto na disputa sobre o caso de Tevez envolvendo o West Ham e os times ameaçados de rebaixamento, o Wigan e o Sheffield United.
Esses clubes, junto com Charlton e Fulham, escreveram à Premier League ontem à noite reiterando a reivindicação do presidente do Wigan, Dave Whelan, para que fossem analisadas as evidências do fato do West Ham ter realmente cortado seus laços com o grupo MSI de Kia Joorabchian. Os representantes dos quatro clubes pretendem se encontrar novamente antes da rodada final de domingo para planejar os próximos passos e esperar uma resposta da Premier League.
Kevin McCabe, presidente do Sheffield, declarou na quarta-feira que considerou o atacante como sendo um "jogador ilegal", mas a Premier League e o West Ham negaram que a existência de qualquer problema envolvendo o contrato de Tevez. Eggert Magnusson, o presidente, pediu que a questão fosse encerrada. "Já está na hora de acabar com esse assunto", disse. "Confio 100% na Premier League e sempre confiei. Não sou eu quem vai dizer. Está nas mãos da Premier League".


(The Guardian, http://football.guardian.co.uk/News_Story/0,,2077404,00.html, 11/05/2007)