Sovietic News - Notícias

Noticiário - Antonio Roque Citadini

Wednesday, February 22, 2006

Berezovsky, oligarca exilado, vende todos os seus bens ao sócio georgiano

Boris Berezovsky, o oligarca russo que está vivendo atualmente no exílio na Grã-Bretanha, vendeu todos os seus bens ao seu amigo e parceiro de negócios Badri Patarkatsishvili.

Um acordo foi assinado na noite de terça-feira. Patarkatsishvili, entretanto, deixou claro que ele ainda não tinha pago tudo, reportou a rádio Ekho Moskvy.

A principal parte dos bens de Berezovsky é a editora Kommersant famosa pelo jornal diário de oposição de mesmo nome.

Patarkatsishvili prometeu não influenciar sua política editorial. “Por muito tempo, eu fui o presidente do conselho de diretores e protegi o Kommersant da influência política. O Kommersant permanecerá como uma publicação independente”, teria dito o homem de negócios segundo a rádio.

Nem Berezovsky nem seu sócio especificaram quais outros bens são parte do acordo. “De outra maneira, o Serviço de Segurança Federal (FSB) os tomará de mim, como me fizeram vender antes a ORT (agora a rede de televisão Canal 1) e a Sibneft (companhia de petróleo) de modo desvantajoso, por preços abaixo do mercado”, disse anteriormente Berezovsky.

Patarkatsishvili está na lista de procurados da Rússia, bem como está Berezovsky. Atualmente ele vive na Geórgia.

Patarkatsishvili propôs a Berezovsky comprar sua parte nos negócios em que são sócios após as últimas graves acusações de preparar um golpe armado na Rússia. Uma fonte no círculo de Patarkatsishvili citada pelo jornal Vedomosti disse que a afirmação de Berezovsky “se transformou no último acobertamento de Badri." Berezovsky mesmo disse que após "uma reação selvagem" à sua afirmação, "Badri propôs a mim comprar minha parte nos negócios comuns. Nós nos encontramos há uma semana em Israel e eu concordei em vender a ele a minha parte. O magnata exilado admitiu que sua atividade política poderia prejudicar seus negócios e seu amigo.

No exterior, os dois homens de negócios têm partes indiretas na fundação Bary Discoverd Partners com ativos em cerca de US$1 bilhão incluindo a fábrica Borzhomi de água mineral, a confeitaria Bamby, a usina de leite Imlek e diversas empresas do ramo alimentício na Sérvia.

No final de janeiro, Berezovsky disse que queria que o atual regime da Rússia caísse “antes que a Rússia entrasse em colapso” e confessou que estava preparando uma reviravolta no poder da Rússia.

Berezovsky foi colocado na lista de procurados na Rússia devido às acusações relacionadas ao principal roubo na sua companhia de automóveis a AvtoVaz. Patarkatsishvili é suspeito de organizar uma tentativa de fuga de um outro dos companheiros de Berezovsky, o primeiro ex-vice-presidente das linhas aéreas Aeroflot, Nikolai Glushkov, sob custódia desde 2001.

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2006/02/22/berezpatar.shtml, 22/02/2006)

Berezovski garante: ''Kia não sai''

Milionário russo, um dos investidores da MSI, desbanca o presidente Alberto Dualib, que tenta derrubar iraniano
Jamil Chade
Marcos Rogério Lopes

O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, está vendo naufragar sua idéia de enfraquecer o poder de Kia Joorabchian, presidente da MSI. Em entrevista exclusiva ao Estado, o milionário russo Boris Berezovski , um dos investidores do fundo de investimentos, não só defendeu a permanência do iraniano como foi duro com seus adversários. "Só um louco pode querer a saída do Kia. Ou é alguém que não entende nada de futebol ou está com inveja dele", afirmou.
A MSI não admite a participação de Berezovski. Porém, tanto Dualib quanto Kia vêm se encontrando com ele em Londres, para onde os dois viajaram com o intuito de se reunir com os investidores. O milionário tem contra si um mandado de prisão internacional expedido pela Justiça da Rússia por envolvimento com o contrabando de armas da Chechênia. Por isso, evita assumir qualquer tipo de negócio sob risco de ver contas bloqueadas e bens apreendidos no local onde colocar dinheiro. Ao Estado, entretanto, com o qual tem conversado desde o início do ano passado, dá declarações como investidor. Promete estádio, fala em contratações e, agora, elogia o executivo iraniano em detrimento de Dualib.
O senhor cogita a hipótese de substituir Kia no Brasil? "Nunca poderia pensar nisso. Ele é uma pessoa incrível, fantástica e um dos melhores administradores de futebol do mundo", sentenciou Berezovski.
De acordo com um conselheiro do clube, que conversou ontem, por telefone, com Dualib e Renato Duprat, empresário que vem servindo de intérprete ao cartola na conversa com os investidores em Londres, o presidente corintiano teria afirmado que pretende insistir na substituição do iraniano. Nos dois dias que está na capital inglesa, já abordou o assunto, sem sucesso, por duas vezes.
Dualib usa como pretexto para tentar minar o poder de Kia uma suposta dívida que restaria da assinatura do contrato. Por um cálculo difícil de explicar, o dirigente chegou ao valor de US$ 10 milhões. A MSI, no entanto, garante ter quitado todas as contas que havia se prontificado a pagar e reafirma não ter dívida alguma com o Corinthians.
Em relação à contratação do meia Marcelinho Carioca, os investidores ainda preferem não se posicionar sobre um assunto tão sensível à parceria. Escolher um lado neste momento poderia ser temerário. "Não falo sobre jogador porque não entendo nada de futebol", respondeu Boris Berezovski, que não perde um único jogo da Copa dos Campeões e que, em outras ocasiões, fez comentários bem embasados sobre os clubes europeus.
Kia é contrário à contratação do jogador. Dualib, para afrontá-lo, quer fazer com que os donos do dinheiro da MSI o obriguem a aceitar o meia na equipe. "Até agora não disseram nem sim nem não ao reforço. Estamos negociando", informou Duprat no início da noite de ontem.
Marcelinho, por sua vez, mais confiante que todos os envolvidos, já se considera de volta ao Corinthians e aguarda apenas o retorno de Dualib (sem data prevista) para a sua apresentação.
(O Estado de S. Paulo, Esportes, 22/02/2006, p. E-4)

Tuesday, February 21, 2006

Líder checheno pró-Putin culpa Berezovsky, exilado do Kremlin, de financiar grupos rebeldes

O atual primeiro ministro da Chechenia acusou o oligarca Boris Berezovsky de financiar militantes chechenos na década de 1990.

Ramzan Kadyrov, filho do presidente da Chechenia, Akhmad Kadyrov, disse na terça-feira que Berezovsky tinha transferido milhões de dólares para que militantes comprassem armas e munição, reportou a agência de notícia Interfax.

Conversando, em reunião com Louise Arbour, Alta Comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Kadyrov disse "Berezovsky se encontrou numerosas vezes com líderes militantes e propôs um esquema de financiamento." De acordo com Kadyrov, Berezovsky disse aos militantes "eu não posso dar-lhes o dinheiro diretamente, esse é o motivo pelo qual eu proponho seqüestrar cidadãos russos e grupos na Chechênia, e eu pagarei milhões dos dólares pelo aparente resgate.”

Ele responsabilizou diversos países de esconder líderes de grupos armados ilegais. Kadyrov disse que um desses líderes, Akhmed Zakayev, que está vivendo em um exílio britânico, tinha financiado o ataque terrorista que matou o seu pai, em 09 de maio de 2004. "U$1 milhão de dólares foi remetido a Akhmed Zakayev para organizar um ataque do terrorista contra o Presidente Akhmad Kadyrov," disse o filho do presidente.

Berezovsky está vivendo também na Grã Bretanha após ter sido acusado de fraude e ter sido incluído na lista federal russa de procurados.

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2006/02/21/kadyrovberezovsky.shtml, 21/02/2006)