Berezovski garante: ''Kia não sai''
Milionário russo, um dos investidores da MSI, desbanca o presidente Alberto Dualib, que tenta derrubar iraniano
Jamil Chade
Marcos Rogério Lopes
O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, está vendo naufragar sua idéia de enfraquecer o poder de Kia Joorabchian, presidente da MSI. Em entrevista exclusiva ao Estado, o milionário russo Boris Berezovski , um dos investidores do fundo de investimentos, não só defendeu a permanência do iraniano como foi duro com seus adversários. "Só um louco pode querer a saída do Kia. Ou é alguém que não entende nada de futebol ou está com inveja dele", afirmou.
A MSI não admite a participação de Berezovski. Porém, tanto Dualib quanto Kia vêm se encontrando com ele em Londres, para onde os dois viajaram com o intuito de se reunir com os investidores. O milionário tem contra si um mandado de prisão internacional expedido pela Justiça da Rússia por envolvimento com o contrabando de armas da Chechênia. Por isso, evita assumir qualquer tipo de negócio sob risco de ver contas bloqueadas e bens apreendidos no local onde colocar dinheiro. Ao Estado, entretanto, com o qual tem conversado desde o início do ano passado, dá declarações como investidor. Promete estádio, fala em contratações e, agora, elogia o executivo iraniano em detrimento de Dualib.
O senhor cogita a hipótese de substituir Kia no Brasil? "Nunca poderia pensar nisso. Ele é uma pessoa incrível, fantástica e um dos melhores administradores de futebol do mundo", sentenciou Berezovski.
De acordo com um conselheiro do clube, que conversou ontem, por telefone, com Dualib e Renato Duprat, empresário que vem servindo de intérprete ao cartola na conversa com os investidores em Londres, o presidente corintiano teria afirmado que pretende insistir na substituição do iraniano. Nos dois dias que está na capital inglesa, já abordou o assunto, sem sucesso, por duas vezes.
Dualib usa como pretexto para tentar minar o poder de Kia uma suposta dívida que restaria da assinatura do contrato. Por um cálculo difícil de explicar, o dirigente chegou ao valor de US$ 10 milhões. A MSI, no entanto, garante ter quitado todas as contas que havia se prontificado a pagar e reafirma não ter dívida alguma com o Corinthians.
Em relação à contratação do meia Marcelinho Carioca, os investidores ainda preferem não se posicionar sobre um assunto tão sensível à parceria. Escolher um lado neste momento poderia ser temerário. "Não falo sobre jogador porque não entendo nada de futebol", respondeu Boris Berezovski, que não perde um único jogo da Copa dos Campeões e que, em outras ocasiões, fez comentários bem embasados sobre os clubes europeus.
Kia é contrário à contratação do jogador. Dualib, para afrontá-lo, quer fazer com que os donos do dinheiro da MSI o obriguem a aceitar o meia na equipe. "Até agora não disseram nem sim nem não ao reforço. Estamos negociando", informou Duprat no início da noite de ontem.
Marcelinho, por sua vez, mais confiante que todos os envolvidos, já se considera de volta ao Corinthians e aguarda apenas o retorno de Dualib (sem data prevista) para a sua apresentação.
A MSI não admite a participação de Berezovski. Porém, tanto Dualib quanto Kia vêm se encontrando com ele em Londres, para onde os dois viajaram com o intuito de se reunir com os investidores. O milionário tem contra si um mandado de prisão internacional expedido pela Justiça da Rússia por envolvimento com o contrabando de armas da Chechênia. Por isso, evita assumir qualquer tipo de negócio sob risco de ver contas bloqueadas e bens apreendidos no local onde colocar dinheiro. Ao Estado, entretanto, com o qual tem conversado desde o início do ano passado, dá declarações como investidor. Promete estádio, fala em contratações e, agora, elogia o executivo iraniano em detrimento de Dualib.
O senhor cogita a hipótese de substituir Kia no Brasil? "Nunca poderia pensar nisso. Ele é uma pessoa incrível, fantástica e um dos melhores administradores de futebol do mundo", sentenciou Berezovski.
De acordo com um conselheiro do clube, que conversou ontem, por telefone, com Dualib e Renato Duprat, empresário que vem servindo de intérprete ao cartola na conversa com os investidores em Londres, o presidente corintiano teria afirmado que pretende insistir na substituição do iraniano. Nos dois dias que está na capital inglesa, já abordou o assunto, sem sucesso, por duas vezes.
Dualib usa como pretexto para tentar minar o poder de Kia uma suposta dívida que restaria da assinatura do contrato. Por um cálculo difícil de explicar, o dirigente chegou ao valor de US$ 10 milhões. A MSI, no entanto, garante ter quitado todas as contas que havia se prontificado a pagar e reafirma não ter dívida alguma com o Corinthians.
Em relação à contratação do meia Marcelinho Carioca, os investidores ainda preferem não se posicionar sobre um assunto tão sensível à parceria. Escolher um lado neste momento poderia ser temerário. "Não falo sobre jogador porque não entendo nada de futebol", respondeu Boris Berezovski, que não perde um único jogo da Copa dos Campeões e que, em outras ocasiões, fez comentários bem embasados sobre os clubes europeus.
Kia é contrário à contratação do jogador. Dualib, para afrontá-lo, quer fazer com que os donos do dinheiro da MSI o obriguem a aceitar o meia na equipe. "Até agora não disseram nem sim nem não ao reforço. Estamos negociando", informou Duprat no início da noite de ontem.
Marcelinho, por sua vez, mais confiante que todos os envolvidos, já se considera de volta ao Corinthians e aguarda apenas o retorno de Dualib (sem data prevista) para a sua apresentação.
(O Estado de S. Paulo, Esportes, 22/02/2006, p. E-4)
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