Presidente é pressionado a esclarecer morte de Sandro Girgvliani
Em uma carta aberta enviada em 17 de abril, ao presidente Saakashvili, mais de noventa proeminentes representantes georgianos apelaram às autoridades para que investigassem o caso do assassinato de Sandro Girgvliani, de forma honesta e transparente e advertiram que a falha em fazer isso conduzirá "ao descrédito completo" das autoridades e das estruturas do Estado.
O assassinato de Sandro Girgvliani, de 28 anos, chefe do “United Georgian Bank’s International Relations Department”, que foi encontrado morto em 28 de janeiro, se transformou em um caso famoso depois que uma reportagem televisionada indicou que diversos funcionários graduados do Ministério do Interior, assim como a esposa do Ministro Interior Vano Merabishvili, poderiam ter as ligações com o caso.
Seguindo o aumento do protesto, a polícia prendeu em março quatro funcionários do departamento de segurança constitucional do Ministério do Interior, sob suspeita de terem cometido este crime, mas persistem as suspeitas de que o assassinato tenha sido idealizado por altos funcionários do Ministério do Interior.
"Nós esperamos que sua política garanta a exposição e a punição de todas aquelas pessoas que têm ligações com este crime," conforme carta que foi assinada por um grupo de escritores, atores, diretores de filme e de teatro, cantores e representantes da sociedade civil georgiana.
“Uma investigação rápida e imparcial do caso do assassinato de Sandro Girgvliani não é uma questão de prestígio de somente uma estrutura do Estado, ou da alta liderança do País, mas é uma questão de reputação de toda a sociedade,”conforme carta publicada em 17 de abril pelo jornal georgiano “Rezonansi” e pelo “24 Saati”.
Oficiais já minimizaram esta apelação. "Eu não compreendo a essência do problema. O Presidente não é um detetive. O caso está sendo investigado pelas estruturas relevantes. E eu quero reiterar que todos que os culpados por este crime terrível enfrentarão a devida punição. Eu não tenho nenhuma dúvida disto", disse Giorgi Arveladze, chefe da Administração do Presidente, em nota transmitida pela “Imedi TV”.
(Civil Georgia, www.civil.ge/eng/article.php?id=12357, 17/04/2006)