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Noticiário - Antonio Roque Citadini

Tuesday, April 03, 2007

Viúva de Litvinenko Cria Instituição de Caridade Com Seu Nome

A viúva e os amigos de Alexander Litvinenko, o ex-espião russo, abriram uma fundação benemérita com seu nome.
A Fundação de Justiça Litvinenko almeja ajudar os que foram afetados pela morte por envenenamento de Litvinenko e pressionar as autoridades para que resolvam o caso.
As polícias de Londres e de Moscou começaram investigações paralelas depois que Litvinenko morreu em novembro, envenenado por isótopo radioativo, em Londres, mas ninguém ainda foi detido.
A esposa de Litvinenko, Marina, disse que a fundação vai se certificar para que os governos "tomem todas as medidas necessárias para que este crime nunca se repita." Ela disse ainda, que a fundação também irá ajudar qualquer um que tenha sofrido danos físicos ou psicológicos no caso.
MosNews

Monday, April 02, 2007

Testemunha Russa Acusa Berezovsky e Litvinenko de Conspiração

Numa entrevista que foi ao ar pela televisão estatal russa, no domingo, um homem identificado apenas como Pyotr disse que o ex-agente da KGB, Alexander Litvinenko, tinha oferecido a ele, milhões de dólares para que ele confessasse, falsamente, que tinha sido designado para matar Boris Berezovsky, um crítico do Kremlin, com uma caneta-tinteiro envenenada, informou a Associated Press.
Litvinenko morreu no dia 23 de novembro, envenenado com Polônio-210 radioativo. Numa declaração feita no leito de morte, ele teria acusado o Presidente Vladimir Putin de orquestrar seu envenenamento.
Pyotr disse ter recusado a oferta de Litvinenko, mas que teria sido dopado com drogas psicotrópicas e, assim, forçado a se confessar falsamente numa fita como repórter do programa semanal “News of the Week” da TV Rossiya.
Numa entrevista por telefone, Berezovsky disse a rádio Echo Moskvy que essa história de Pyotr era falsa.
Pyotr falou com o rosto longe das câmeras e com a voz disfarçada.
O programa de TV disse que a fita com a falsa confissão era um elemento chave para uma decisão numa Corte Britânica de não extraditar Berezovsky para enfrentar as acusações criminais na Rússia, e, eventualmente, conceder-lhe a cidadania — uma aparente sugestão de que Berezovsky tentou eliminar testemunhas do subterfúgio, incluindo Litvinenko.
Pyotr disse que ele estava sob proteção da polícia britânica porque temia por sua vida.
Funcionários britânicos se recusaram a comentar os detalhes do caso de Berezovsky, dizendo que eles nunca discutem o estado de imigração dos indivíduos.
Berezovsky era uma pessoa influente dentro do Kremlin, mas rompeu com Putin em 2000 e fugiu para a Inglaterra. Litvinenko, que tinha declarado publicamente, em 1998, que seus chefes no Serviço Federal de Segurança tinham ordenado que ele matasse Berezovsky, também fugiu para a Inglaterra naquele ano. Os dois homens se tornaram aliados em suas campanhas contra a liderança do Kremlin.
Investigadores russos interrogaram Berezovsky na sexta-feira, em Londres, em relação a morte de Litvinenko. Autoridades britânicas de execução das leis disseram ao Sunday que os russos também interrogaram o enviado rebelde checheno Akhmed Zakayev, um amigo de Litvinenko.
O envenenamento causou grande especulação de que Litvinenko teria sido envenenado por agentes russos, talvez como castigo por ter desertado para a Grã-Bretanha ou por criticar Putin.
Mas a mídia russa de notícias e as autoridades suspeitam que Berezovsky é quem ordenou o envenenamento para desabonar Putin.

MosNews

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2007/04/02/conspiracy.shtml, 02/04/2007)

Rússia Pode Revogar Licença da PricewaterhouseCoopers Por Fraude

A PricewaterhouseCoopers (PwC), uma respeitada companhia estrangeira de auditoria, pode perder sua licença para operação na Rússia, por acusações de autoridades fiscais da cidade de Moscou de que a companhia ajudou a falida petrolífera Yukos a evadir impostos, noticiou a agência de notícias RIA-Novosti citando um artigo do diário Kommersant.
O Tribunal de Arbitragem de Moscou julgou em audiências sobre o caso no dia 20 de março e determinou que a companhia transgrediu os padrões profissionais ao conduzir as auditorias na Yukos em 2002-2004, e deve pagar uma multa no valor de US$480.000 à Receita Federal. A decisão da Corte pode fornecer fundamento para o Ministério das Finanças não renovar a licença da auditora, que expira em 20 de maio.
De acordo com o Kommersant, o texto integral da decisão do Tribunal, preparado em 27 de março, critica asperamente a PricewaterhouseCoopers por sua participação em atividades ilegais de fraude fiscal e acusa a companhia de ser cúmplice dos executivos da Yukos para "intencionalmente enganar os acionistas fornecendo a eles informações falsas".
A assessoria de imprensa da PricewaterhouseCoopers emitiu uma declaração no momento, dizendo que as auditorias foram conduzidas "em plena conformidade com os padrões profissionais e a legislação vigente". A companhia disse que a decisão do Tribunal era infundada e foi baseada numa interpretação fundamentalmente diferente do papel e das funções de um auditor.
A decisão da Corte pode ter um efeito negativo extensão da licença de auditoria da companhia na Rússia. A PwC deu entrada, em 28 de março, numa petição de prorrogação da licença de auditoria da companhia na Rússia, e o Ministério das Finanças deve decidir próximo de 20 de maio se a extensão pode ser concedida.
O caso não só aumentou a inquietação entre os participantes do mercado, mas também foi trazido à tona no nível político. A Secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice, o Ministro das Finanças dos Estados Unidos Henry Paulson e o Embaixador dos E.U.A William Burns transmitiram a preocupação de Washington a várias autoridades russas e ao Tribunal de Arbitragem.
O Governo dos EUA advertiu a Rússia que, ao revogar a licença da companhia que conduz a auditoria em aproximadamente 50% das empresas russas, isso pode afetar seriamente a economia do país. Entre as possíveis repercussões, as autoridades dos EUA advertiram sobre a redução de investimento estrangeiro, complicações durante conversas da Rússia na OMC, e os sérios problemas que as companhias russas poderiam encarar durante o procedimento inicial de lançamento de suas ações nas bolsas estrangeiras.
Sob a lei russa, a PwC tem até o dia 27 de abril para apelar da decisão do Tribunal, e o recurso pode ser revisto em, no mínimo, um mês.
MosNews