por Hilary Leila Krieger O tratamento dos israelenses para com os judeus russos é pior do que o do resto do mundo, disse em uma recente visita, Moshe Kantor, presidente do Congresso Judeu Russo.
Ele afirma que 100 integrantes do comitê executivo da sua organização são empresários, artistas e cientistas "pessoas muito agradáveis, respeitadas, e honradas em toda parte do mundo. E nós esperamos que, finalmente, a comunidade israelense concorde com esta opinião."
Em discurso ao “The Jerusalem Post”, ele também atacou a índole dos Judeus da Europa Ocidental para com seus irmãos do Leste Europeu: "Os Judeus do Leste Europeu não querem ficar na sombra ou sob o patrocínio de algumas comunidades européias ocidentais. Eles querem ser escutados e respeitados."
Kantor atribuiu à atitude condescendente dos Judeus Europeus à maior ascensão econômica, política e religiosa que eles historicamente se envolveram. Agora porém, afirmou, os judeus franceses, britânicos e alemães querem, antes de tudo, ser aceitos como cidadãos europeus."
"Se nós observarmos, onde estão as comunidades judaicas mais poderosas, economicamente, nós veremos que estão na América e na Rússia," ele disse.
Este poder econômico teve repercussão negativa dentro de Israel. Kantor, em particular, discordou das atitudes dos israelenses para com os "oligarcas” russos - Kantor, mesmo sendo ele um magnata da indústria química, não concorda. Ele explicou essa percepção desfavorável, como originada das desconfianças arraigadas dos judeus sobre o mundo exterior.
Enquanto Kantor falava que era natural, acrescentou, "Nós não devemos ser burros. Como nós podemos extrapolar com base em dois ou três exemplos para uma comunidade de 1 milhão pessoas?"
Ao mesmo tempo, ele disse que se agarrar a desconfianças sobre estrangeiros era essencial para manter o Judaísmo. No mesmo veio, ele disse que era compreensível os judeus estarem preocupados com ataques anti-Semitas na Rússia, que ele estimou estarem crescendo 10% ao ano. Porém, acrescentou, "até este momento, não tenho nenhuma razão concreta para ficar mais preocupado do que o usual."
Kantor, um conhecido partidário do presidente Vladimir Putin, elogiou-o por ter tomado uma atitude firme contra o anti-Semitismo, após o esfaqueamento de oito judeus em uma Sinagoga em Moscou. De acordo com Kantor, a postura de Putin contra a xenofobia, vem dos valores pós-2ª Guerra Mundial, com os quais ele foi criado.
Kantor disse também, que foram os valores russos de Putin que guiaram a sua administração para atrair seguidores do Hamas em sua vitória nas eleições do Conselho Legislativo da Palestina. Kantor descreveu seu método como "sendo próximo de seus inimigos, não somente de seus amigos; controlando seus inimigos."
Kantor encontrou-se com o presidente Moshe Katsav, em parte para promover a grande comemoração do massacre “Babi Yar”, que ele está planejando para setembro.
"O Holocausto ainda é o instrumento fundamental da política de segurança global e estrategicamente de nossos interesses como povo judeu”, disse ele, apontando para o genocídio como a única força que pode reunir muitas autoridades na mesma sala para discutir a questão judaica.
"Deixe-nos usar estas ferramentas," disse ele, "para o desenvolvimento da humanidade, para o desenvolvimento do mundo Judeu."
(The Jerusalem Post, http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1143498787021&pagename=JPost%2FJPArticle%2FShowFull, 02/04/2006)