Sovietic News - Notícias

Noticiário - Antonio Roque Citadini

Saturday, December 03, 2005

Ministro das Comunicações da Rússia Exige Desculpas por Matéria Escandalosa

O Ministro das Comunicações da Rússia denunciou uma matéria comprometedora do The Wall Street Journal, - que acusou o responsável pela pasta, Leonid Reiman, como participante de um escândalo internacional de lavagem de dinheiro -, classificando-a como uma malsucedida campanha de desmoralização.

A declaração veio após relatório sobre o artigo do jornal norte-americano no qual o Ministro das Comunicações Leonid Reiman, aliado próximo do Presidente Vladimir Putin, teria sido implicado em uma investigação internacional sobre lavagem de dinheiro expropriado de empresas estatais de telecomunicações.

O The Wall Street Journal citou informações de promotores da Alemanha, acusando Reiman de “enriquecer-se ilegalmente através de diversas transações.” Refere-se o jornal a cartas que os promotores alemães enviaram aos colegas do judiciário dos países do Leste Europeu. Reiman, acrescentou o jornal, criou uma rede de empresas e trustes de fachada em diversos países europeus e em paraísos fiscais para guardar com segurança e discrição mais de US$1 bilhão em bens.

Na declaração publicada em resposta à matéria, a agência de comunicações da Rússia disse que é aguardada imediata retratação por parte do WSJ.

Fomos acusados por todo tipo de ação imprópria do passado”, disse um porta-voz do ministro à agência de notícias Interfax, acrescentando que enquanto publicações atacam os líderes do ministério, sempre ocorrem inúmeros pedidos de desculpas que soam como se fossem “praticamente sussurros”. “Deste modo, sugerimos que os detratores se desculpem com veemência sem desperdiçar muito tempo”, disse a autoridade.

MosNews

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2005/12/03/reimanonwsj.shtml, 03/12/2005)

Wednesday, November 30, 2005

O enigma Abramovitch, "Lord of Chelsea"


O polêmico proprietário do clube de futebol Chelsea FC, o magnata russo Roman Abramovitch, mantém uma aura de mistério, atraindo respeito, curiosidade e mais inimigos do que amigos

Marc Roche
Em Paris

Até onde irá Roman Abramovitch? A segunda fortuna da Grã-Bretanha ganhou na loteria, no final de setembro, quando a explosão dos preços do petróleo estava no auge. Ele vendeu então para o conglomerado para-público Gazprom, por 5,66 bilhões de libras esterlinas (R$ 19,06 bilhões), sua participação de 72% na Sibneft, a quinta companhia petroleira russa. Esta operação permitiu-lhe largar a última grande amarra industrial que o prendia à Rússia para se instalar definitivamente em Londres, com armas e bagagens.
Desde então, na City, todo mundo está preocupado com o que este órfão nascido em Saratov, na ribanceira do rio Volga, a 800 quilômetros de Moscou, vai fazer com esta fortuna. A Bolsa de Londres, os mercados do petróleo, dos metais não-preciosos e do ouro estão mais atentos do que nunca. Os bancos de negócios e os "hedge funds", esses fundos especulativos nos quais ele investiu um bom terço dos seus haveres, estão mobilizados.
É preciso remontar até a onda de derramamento dos petrodólares árabes que ocorreu nos anos 70 para observar tamanha agitação entre os gestores de patrimônio. As intenções que muitos andaram atribuindo a esta bomba financeira de efeito retardado alimentam as especulações mais malucas.
"Roman prosseguirá seu envolvimento em favor das causas caritativas na Rússia", responde invariavelmente o seu porta-voz, John Mann. Seria possível agendar uma entrevista com o seu patrão? Impossível, saudações e pedido cortês para entrar em contrato com o serviço de imprensa do Chelsea Football Club, o clube comprado pelo magnata durante o verão de 2003.
Os 400 milhões de libras que ele injetou no Chelsea --uma bagatela para "a menina dos olhos" de um magnata desta envergadura-- fizeram deste time que se arrastava no meio da classificação o campeão da Inglaterra na temporada passada.
Depois de esbarrar nesta recusa educada, porém firme, só nos resta a apontar os nossos binóculos para a Millenium Suite, o seu camarote que fica no segundo andar da tribuna oeste do estádio de Stamford Bridge, em Chelsea. É possível avistar um homem jovem, mal barbeado, tão baixinho que ele parece um nanico, porém esbelto, trajando uma calça jeans e uma camisa azul simples, o rosto eslavo. Sem ostentar qualquer sinal particular de riqueza, o proprietário do Chelsea FC, 39, está confortavelmente sentado, tal o chefe de uma tribo, numa poltrona aquecida que ele mandou instalar especialmente para ele.
Junto com os membros do seu clã, o oligarca parece estar feliz, com um sorriso discreto, quase infantil. Ele está acompanhado da sua mulher, Irina, loira, delgada, trajando um tailleur Chanel. À sua direita está um amigo de infância, compadre e sócio em negócios, Eugene Shvidler, conhecido pelo apelido de "Zhenya", naturalizado americano, gênio das finanças e da matemática.
Mais adiante está um outro homem de confiança, Eugene Tenenbaum, canadense, ele também de origem russa, que dirige a Millhouse Capital, a caixa-forte do patrão. Há também o israelense Pini Zahevi, um empresário responsável pelas transferências de jogadores. Os integrantes desta corte chamam-no muito simplesmente de Roman Arkadievitch (o filho de Arkadi, seu sobrenome).
Mesmo que seja por meio de binóculos, é sempre fascinante ver uma lenda de perto. Mas, assim como os fantasmas ou os vampiros, as estrelas não se deixar apanhar. Roman Abramovitch afirma não falar inglês, o que é no mínimo estranho para um homem do universo do petróleo e engenheiro de combustíveis por formação. De fato, a sua recusa a falar inglês o poupa de ter que se dirigir a interlocutores desconhecidos.
Roman é um homem sem voz que se apoderou do lema de um outro gigante do petróleo, John Rockefeller, fundador da Standard Oil: "Você só deve aparecer em três oportunidades nas páginas dos jornais: ao nascer, por ocasião do seu casamento e ao morrer".
Aliás, ele concedeu três entrevistas apenas desde que ingressou no mundo do futebol: o jovem russo de olhar fugidio evita como a peste os "banhos" de multidão e os apertos de mãos. Sem dúvida, ele deve ter aprendido na Rússia que, para terem longevidade, as estrelas precisam permanecer na sombra.
Seria ele um misantropo? Dominic Midgley, que, junto com Chris Hutchins, publicou o livro "Abramovitch, The Billionaire from Nowhere" -- "Abramovitch, o Milionário de Lugar Nenhum"--, acredita nisso.
Esta biografia não-autorizada cobre, sobretudo, os anos russos e nada oferece de novo sobre a sua vida em Londres. O que não é nenhuma surpresa já que ninguém conseguiu romper o muro de silêncio imposto por Bruce Buck, o presidente do Chelsea FC, e, sobretudo, o principal sócio da firma de advocacia Skadden Arps Meagher and Flow, o seu "porta-pistola" legal.
Segundo explica Dominic Midgley, esta é a conseqüência da espada de Dâmocles jurídica que permanece suspensa por cima da cabeça dos jornalistas curiosos demais: "O nosso editor submeteu o manuscrito ao seu advogado, já que um processo por difamação poderia arruiná-lo. O advogado voltou com uma lista de perguntas que ocupavam mais de uma centena de páginas, quase tanto quanto o nosso livro".
Os únicos que aceitam falar dele tendem a colocar uma auréola acima da sua cabeça em vez de um chapéu no estilo JR de "Dallas". É o caso de Roddie Fleming, o fundador do fundo de investimentos Fleming Family & Partners, descendente de uma célebre dinastia financeira escocesa --um dos seus sócios na exploração de uma mina de ouro na Sibéria: "No fundo, Roman é um bom rapaz, tímido, do tipo contemplativo, astucioso igual a um macaco".
Essas ameaças não são a única razão pela qual a imprensa inglesa se contenta em cobrir o Chelsea FC apenas de um ponto de vista esportivo ou ainda, se limita a publicar anedotas sem importância a seu respeito. Os tablóides, por exemplo, comentam seu hábito, antes do início de um jogo, de almoçar um prato de sushis que ele encomenda no Nobu, o restaurante japonês da moda, uma refeição que ele acompanha com uma garrafa de Château Latour (um dos mais seletos bordeaux).
A imprensa considerada séria nunca se debruçou seriamente sobre as circunstâncias misteriosas, para dizer o mínimo, da compra do clube. É verdade que o dinheiro do "CFC", que se tornou uma sociedade privada, está longe do alcance dos olhares. Quanto às autoridades britânicas, elas fizeram vista grossa para este dinheiro russo que cheirava a enxofre.
Um silêncio tanto mais estranho que o interessado estivera envolvido, em 1999, no escândalo da lavagem de dinheiro russo pelo Bank of New York. Ele cercou-se de um exército de temíveis lobistas que são insuperáveis na arte de lembrar aos figurões do poder que a circunscrição onde fica o complexo esportivo do Chelsea é muito disputada por ocasião das eleições. Sem falar do impacto não menosprezível do clube sobre a economia local.
Assim como a City, a Inglaterra permaneceu uma velha dama permissiva frente ao afluxo de capitais estrangeiros em busca de um investimento remunerador. Para quem tem os bolsos abarrotados de grana, nada é impossível? De fato, este clube de futebol que se beneficia de uma grande visibilidade na mídia, desponta como um chamariz, uma espécie de cenário em cartolina que esconde suas riquezas.
Aliás, "Mister Chelski" não possui nenhum escritório. Na realidade, o centro nervoso do seu império está instalado no lugar onde o milionário se encontra. Ele pode estar no centro de Londres, na sua casa georgiana de cinco andares em Chester Square, cujas paredes são lambrisadas de madeiras tropicais raras e cujos tetos são cobertos de folhas de ouro. Irina, uma ex-aeromoça, encarregou-se da decoração, após ter seguido um curso de formação rápida e por correspondência de história da arte na Universidade de Moscou.
Será que o casal se encontra agora na sua "residência secundária", a propriedade de Fyning Hill, no Sussex, digna do Rei-Sol, com o seu suntuoso castelo, várias piscinas, um campo de tiro, um circuito de kart e dois terrenos de pólo? Roman tornou-se um aficionado deste esporte aristocrático, uma verdadeira chave mágica que abre as portas do establishment: ele contratou como conselheiro o antigo capitão da seleção da Inglaterra, Alan Kent, para que este lhe explique os segredos que cercam este esporte, por intermédio de um intérprete.
Este grande apreciador de pesca de peixes grandes poderia também estar a bordo de um dos seus quatro iates, entre os quais o famoso Pelorus, dotado de vidros blindados, equipado de radares de detecção de mísseis, ou ainda num dos seus dois Boeing, 767 e 737. A menos que o oligarca esteja na sua datcha nos arredores de Moscou ou na sua mansão em Saint-Tropez.
De qualquer forma, onde quer que ele se encontre, Roman dirige seus negócios por telefone. Ele delega facilmente as tarefas, tem um certo humor, mas, quando ele fica bravo, pode se mostrar perfeitamente desagradável.
Em Londres, os Abramovitch levam uma existência discreta, e até mesmo apagada. O seu nome aparece muito raramente na célebre coluna social "Atticus", do "Sunday Telegraph".
"Eles freqüentam pouco a 'jet set' londrina e são raramente vistos nos grandes jantares oferecidos pelas locomotivas da alta sociedade", indica Tim Walker, o responsável da coluna social. "Eles convidam raramente em seu domicílio as poucas personalidades com as quais eles se relacionam, tais como Lorde Rothschild, Lilly Safra ou a marquesa de Reading". Walker diz desconhecer qualquer vício notável dos Abramovitch.
Ajudada por uma legião de babás, a bela Irina contenta-se em criar seus cinco filhos e em acompanhar seu marido nos jogos do time, os quais parecem deixá-la profundamente entediada. A sua única amiga em Londres á a mulher finlandesa russófona de Mohamed Al Fayed, o proprietário da famosa loja de departamentos Harrods.
Os imperativos de segurança norteiam a vida cotidiana da família. Esta pequena tribo nunca se desloca sem ser acompanhada por um contingente de guarda-costas, os quais são antigos membros dos serviços especiais do exército britânico. Esses seguranças, que não podem andar armados, são equipados de curtos cassetetes semelhantes a aqueles dos "bobbies" (policiais de rua).
Em Stamford Bridge, nada poderia ser bonito demais para os jogadores recrutados a peso de ouro. Os novos vestiários combinam espaço, harmonia, chafarizes, espelhos e geometria estética. Embora ele não esteja envolvido na gestão do seu clube no dia-a-dia, a sua influência está cada vez mais palpável.
Roman não perdeu sequer um jogo do time no seu terreno e só não conseguiu acompanhar duas das viagens na província. Graças à sua generosidade, os "Blues" se lançaram numa grande aventura visando a alcançar o Manchester United, com o objetivo de fazer da insígnia do Chelsea FC uma máquina de entretenimento, uma espécie de Hollywood da bola redonda, a mais rentável do mundo.
O proprietário dispõe do seu próprio caçador de talentos, encarregado de encontrar jogadores de qualidade, na pessoa do holandês Piet de Visser, o diretor esportivo do PSV, o clube de Eindhoven, com quem ele se reúne em média uma vez por mês.
Abramovitch está presente em determinados treinos e nas reuniões estratégicas. Ele nunca se esqueceu do anti-semitismo virulento que grassa na Rússia. A enorme bandeira que proclama "Chelsea contra o racismo", colocada ao lado do placar eletrônico, é emblemática da sua determinação a purgar o clube dos seus hooligans, reputados pela sua violência racista.
A sua imensa notoriedade também faz com que ele atraia algumas inimizades. A sua brutalidade nos negócios contaminou a cultura futebolística, conforme atestam os inúmeros escândalos provocados pelas tentativas ilegais do Chelsea FC de recrutar diretamente jogadores e profissionais especializados à revelia dos seus clubes.
Alguns patrocinadores se mostram preocupados dos efeitos negativos da má imagem dessas estrelas mercenárias, compradas como se fossem sabonetes. Além disso, o seu ativismo em favor de Israel já fez com que o Chelsea perdesse o apoio de um dos seus patrocinadores, a Emirates Airlines.
É verdade que a companhia aérea de Dubai (Emirados Árabes Unidos) foi facilmente substituída pelo gigante coreano da eletrônica Samsung, em razão da atração internacional que o clube exerce. Além disso, o proprietário tornou-se o alvo da União Européia de Futebol (Uefa), que manifestou publicamente sua preocupação diante da ameaça de uma tomada de controle dos clubes europeus por parte dos empresários vindos do Leste.
No caso de Abramovitch, foi aberto no ano passado um inquérito sobre os seus vínculos com o clube russo do CSKA Moscou, do qual ele era o patrocinador mais importante, por intermédio do controle da Sibneft. Além de tudo, a sombra de Abramovitch paira sobre as grandes manobras que vêm sendo realizadas em torno de outros importantes clubes ingleses tais como o West Ham, o Arsenal ou o Everton.
Por mais que o oligarca manifeste a sua boa-fé e multiplique as garantias de boa conduta, de nada adianta. O nosso homem constitui um alvo ideal para quem quiser denunciar os malefícios do dinheiro, do "star system" e da globalização que tomou conta do "rei dos esportes".
Será esta paixão exacerbada pelo futebol a verdadeira natureza de Abramovitch? Ninguém ter certeza disso. Antes de ser substituído por José Mourinho, o ex-treinador do Chelsea, Claudio Ranieri, havia afirmado que Abramovitch nada conhecia no campo da tática.
Referindo-se aos 88 milhões de libras (R$ 332,78 milhões) de perdas acusadas pelo clube no final da temporada 2003-2004, até mesmo o leal Eugene Shvidler manifestou suas reservas, qualificando sua paixão pelo clube de um "capricho de menino mimado".
Para o cronista esportivo Patrick Barclay, o Chelsea FC permitiu-lhe construir uma nova reputação. Segundo o jornalista, o empresário que veio do frio nada mais teria feito do que seguir o exemplo dos Fayed, Maxwell ou Berlusconi, que conseguiram comprar uma respeitabilidade graças ao futebol.
Na Rússia, Abramovitch é antes reputado por ser um fã do hóquei sobre gelo. Dois anos e meio depois da sua chegada a Stamford Bridge, Lorde Roman of Chelsea permanece um enigma.

Le Monde
Tradução: Jean-Yves de Neufville

Monday, November 28, 2005

Berezovski vibra com boa fase do Corinthians

Jamil Chade

CORRESPONDENTE

GENEBRA

O sucesso do Corinthians pode ajudar a transformar o próprio Campeonato Brasileiro. A declaração é do magnata russo Boris Berezovski, citado como um dos pilares que sustentam financeiramente a MSI e como um dos empresário mais ricos de seu país, embora esteja sendo processado na Rússia, França e Suíça por lavagem de dinheiro e corrupção.
Em entrevista exclusiva dada ao Estado antes do jogo entre Corinthians e Ponte Preta, o russo que vive em Londres foragido de seu próprio país fala como o principal interessado no futuro do time do Parque São Jorge e afirma que seu objetivo máximo é ajudar a transformar o Campeonato Brasileiro em um evento mundial, equiparando-o aos torneios mais importantes da Europa. "A seleção brasileira é a melhor do mundo e todos sabemos disso. Agora precisamos transformar o Campeonato Nacional no melhor do mundo também", declarou.
O senhor está acompanhando os últimos resultados do Corinthians?
BEREZOVSKI - Claro e estou muito feliz com o desempenho do time. Estou feliz mesmo. Consegui captar pela televisão, aqui de Londres, o jogo entre Corinthians e Internacional (1 a 1, pela 40.ª rodada, no Pacaembu). Foi um bom jogo.
Como avalia o desempenho do Corinthians? Uma eventual conquista significa que investimentos dão retorno no futebol?
BEREZOVSKI - O sucesso do Corinthians deve ser visto como um sucesso para todo o Campeonato Brasileiro. Não é justo o que ocorre hoje no futebol mundial e é errado ter campeonatos europeus tão fortes contando na realidade com jogadores de outros países. Na Europa, vários campeonatos são fortes porque contam com jogadores brasileiros e argentinos de alta qualidade.

Mas a seleção brasileira ainda é uma das melhores, senão a melhor em atividade.
BEREZOVSKI - Correto. A seleção brasileira é a melhor do mundo e todos sabemos disso. Agora precisamos transformar o Campeonato Nacional no melhor do mundo também. E isso pode ocorrer certamente.

Qual o impacto que o senhor acredita que os investimentos no Corinthians podem ter no Brasil?
BEREZOVSKI - Como eu disse, o Corinthians é parte de uma ajuda ao Campeonato Brasileiro. Quero ajudar a transformar o torneio em um evento mundial. Hoje, o campeonato ainda é subestimado.

Em que sentido?
BEREZOVSKI - Basta ver a diferença dos valores da venda dos direitos de imagem do Campeonato Brasileiro e de outros torneios na Europa. O Campeonato Nacional no Brasil precisa ser elevado ao mesmo nível do europeu e ser colocado no centro do mundo do futebol.

O senhor prevê novas contratações para o Corinthians em 2006 para a disputa da Taça Libertadores?
BEREZOVSKI - Isso só o meu amigo Kia (Joorabchian, comandante da parceria Corinthians-MSI) pode dizer. Ele é quem sabe e administra tudo isso.
(O Estado de S. Paulo, Esportes, 28/11/2005)

Polícia israelense interroga empresário russo no caso Hapoalim


MosNews

A polícia israelense têm interrogado o empresário russo, Arkady Gaidamak sob investigação desde domingo, sobre o caso de lavagem de dinheiro no Hayarkon, filial do Banco Hapoalim, em Telavive, noticiou na segunda-feira o site Globe.co.il.

A polícia começou a interrogar Gaidamak, 53, na noite passada, no departamento de polícia em Petah Tikva. Na segunda-feira os investigadores de polícia acompanharam Gaidamak, durante uma busca realizada na sua casa, em Caesarea. Depois da busca, Gaidamak foi levado de volta à delegacia de polícia para prestar mais esclarecimentos.

Uma investigação nas contas bancárias de Gaidamak, no banco Hapoalim, encontrou grandes somas em dinheiro, aparentemente U$150 milhões. Depois de uma investigação secreta contra o empresário, as autoridades revelaram que pretendem congelar as suas contas no banco Hapoalim. A polícia está investigando no momento, se ele teria obtido informações privilegiadas sobre o andamento da investigação, e, em caso afirmativo, de onde elas teriam vazado.

Gaidamak comemorou, no domingo, a vitória de 3 a 2 de seu clube de futebol Betar Jerusalem, sobre o clube da segunda divisão, Bnei Yehuda, na liga principal. Ele compareceu ao estádio, animando os torcedores do seu time.

Gaidamak foi nomeado presidente do Betar Movement, algumas semanas atrás. Na noite de ontem, ele anunciou que pretende fundar um novo partido político, que vai se chamar Betar. Em uma entrevista para a TV a cabo russa, Channel 9, disse que quer "retomar a era Betar como um movimento político que irá disparar na corrida pelas eleições para o Knesset (parlamento israelense, de uma só Câmara)."

Uma publicação, a seu favor, divulgada na imprensa, na edição de domingo, indicou que Gaidamak planejou recuperar Betar para "o seu lugar histórico no mapa social e político, com ênfase nos valores sionistas, educação e programas sociais, promovendo questões judaicas e imigração."

Gaidamak também comprou recentemente o jornal semanal “The Moscow”.


(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2005/11/28/hapoalim.shtml, 28/11/2005)

O russo Abramovich, proprietário do Chelsea, quer comprar um clube israelense

MosNews

O bilionário russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea FC, está de olho no clube israelense Hapoel, segundo noticiário esportivo desta segunda-feira.

O governador da Chukotka, região remota da Rússia, e o bilionário israelense Lev Levayev, assinarão esta semana o contrato de compra do clube de Tel-Aviv, confirmou o auxiliar de Abramovich em uma entrevista ao jornal Clarin.

Na última quinta-feira, Abramovich e Levayev, chegaram a um acordo final com Sami Sagol, atual proprietário do Hapoel, informa o site do Hapoel.

Entretanto, como os regulamentos atuais da UEFA proíbem que uma pessoa possua dois clubes de futebol ao mesmo tempo, Abramovich está conduzindo o negócio através de um intermediário.

O empresário anônimo chefiará o conselho deliberativo do Hapoel, e se a UEFA também proibir isto, Abramovich indicará um conselho independente.


(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2005/11/28/abramovichhapoel.shtml, 28/11/2005)

Sem Abramovich, CSKA perderá patrocínio da Sibneft

MosNews

A companhia petrolífera Sibneft, recentemente vendida por seu proprietário, o bilionário Roman Abramovich, à estatal russa Gazprom, não patrocinará o clube russo de futebol CSKA no próximo ano, relatou a agência de notícias Interfax nesta segunda-feira citando uma fonte na gigante do petróleo.

"O contrato com CSKA vigorará até o fim de 2005, e então será rescindido", disse a fonte.

"O novo proprietário da Sibneft tomou a decisão baseado no fato de que não há nenhuma necessidade de promover a marca russa Sibneft nacional ou internacionalmente", relatou a fonte.

O patrocínio de três anos, no valor de U$54 milhões, com o CSKA, foi assinado na primavera de 2003. O CSKA ganhou a Copa da UEFA na temporada de 2004-2005, a copa nacional russa, e se tornou o campeão russo da liga na temporada nacional de 2005, encerrada em novembro.

A fonte garante que a Sibneft continuaria a patrocinar o clube de hóquei Avangard e as equipes regionais, mas que poderia rever o montante dos recursos envolvidos.

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2005/11/28/sibneftout.shtml, 28/11/2005)