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Noticiário - Antonio Roque Citadini

Saturday, May 20, 2006

Ronaldinho além do alcance de Abramovich

Por MATT DICKINSON, Correspondente Chefe de Futebol

O que não se sabia era até onde um dos homens os mais ricos do planeta tinha chegado para atraí-lo para Londres

Quão especial é Ronaldinho? Especial o bastante para que Roman Abramovich aparecesse com uma camisa do Chelsea e tudo mais para o brasileiro, só faltando implorar para que o maestro se juntasse ao seu império, construído na Stamford Bridge. O interesse do bilionário russo no maior jogador do mundo está bem confirmado, mas o que não era conhecido era até onde um dos homens mais ricos do planeta tinha chegado para atraí-lo para Londres.

A história foi contada por Sandro Rosell, ex-vice-presidente executivo do Barcelona e da Nike, de como Abramovich foi a Paris há dois anos atrás, quando a França hospedava o Brasil em um jogo amigável.

"O próprio Abramovich, foi ao hotel dos brasileiros e ao quarto do jogador com uma camisa do Chelsea que tinha o nome Ronaldinho escrito atrás", Rosell escreveu no novo livro. "Ele queria que o Ronaldo posasse para uma fotografia com ela. Inteligentemente, Ronaldinho negou o pedido. Ao mesmo tempo, o Chefe Executivo do Chelsea, Peter Kenyon fêz uma oferta ao Barcelona que nós rejeitamos de pronto." A oferta, acredita-se ter sido perto de £50 milhões.

Esta camisa não usada do Chelsea está provavelmente esquecida no fundo de uma gaveta empoeirada no Barcelona, mas ser presenteado com uma camisa de futebol causou uma mudança para Ronaldinho. Ele alcançou alturas tão elevadas que, em recentes jogos contra o Benfica e o AC Milan, os oponentes se apressaram para reivindicar sua camisa no intervalo.

Ele fez um favor para Serginho na terça-feira, no San Siro e então, após voltar para o segundo tempo, fez o passe do único gol para Ludovic Giuly, o qual deu ao Barcelona uma vantagem sobre o Milan na semi-final da Liga dos Campeões.

No ano passado, depois da virada do Liverpool contra o Milan e do sucesso da vitória do FC Porto na final de 2004, ensinaram-nos a esperar o inesperado nesta competição, mas precisa de alguma coisa extraordinária para interromper o Barcelona.

É uma das grandes anomalias do jogo, que tal clube tenha ganho somente uma Copa Européia, particularmente quando a camisa foi honrada por talentos como Diego Maradona, Romário, Ronaldo e Rivaldo, mas faz sentido que a equipe de Frank Rijkaard, inspirada por Ronaldinho, dará a seus fãs algo valioso esperando por este ano em Paris.

Há alguma coisa que se encaixa e não apenas porque foi a cidade onde Abramovich descobriu que o dinheiro não pode comprar tudo. A capital francesa foi também o lar de Ronaldinho por duas infelizes estações. Ele ganhou a Copa do Mundo de 2002 como jogador do Paris Saint-Germain, mas sua carreira no clube foi notável por tumultos com a equipe de funcionários e histórias de boates.

Contanto que o Barcelona não vá sucumbir às artimanhas de Andriy Shevchenko e de Kaká no Nou Camp, Ronaldinho retornará a Paris não somente como o melhor jogador de futebol do mundo, mas como um homem que está em um patamar para se unir a Pelé e Maradona no time dos melhores.

Ele espera que Lionel Messi esteja em forma para se juntar a ele. Contundiu-se contra o Chelsea no mês passado com uma lesão na coxa, foi enviado de volta a sua terra natal, a Argentina, para ajudar na sua recuperação. "Eu apressei-me para voltar enquanto tinha tempo", disse Messi. "Ficando ansioso para voltar a competir e fazer parte da equipe, eu me forcei um pouco demais."

(Times, www.timesonline.co.uk, 20/04/2006)

Friday, May 19, 2006

Começo do Fim para Interpol


Falando em uma reunião marcada pela Interpol em Minsk, em meio ao boicote pela União Européia, um alto funcionário da Justiça russa teceu elogios à Interpol sobre o alegado patrocínio pela Rússia na emissão de mandados de prisão para o magnata exilado Boris Berezovsky, o co-fundador da Yukos Leonid Nevzlin, e diversas outras pessoas procuradas na Rússia. Leonid Nevzlin, um crítico pessoal do Kremlin, lança dúvidas sobre a credibilidade do depoimento dado pelo chefe da delegação russa.
No começo desta semana agências de notícias internacionais relataram que a Interpol havia pretensamente levantado restrições sobre autorizações internacionais de prisão emitidas pela Rússia para cinco russos, incluindo Boris Berezovsky, seu sócio nos negócio e deputado chefe da LogoVAZ, Yuli Dubov, co-fundador e membro da diretoria da companhia petrolífera Yukos, Leonid Nevzlin, o presidente legal da Yukos, Mikhail Gololobov e Natalia Chernyshova, Chefe de Departamento do Banco Menatep.
Andrei Novikov, vice-Ministro do Interior, que encabeçou a delegação russa à 35ª Conferência Regional Européia, promovida sob o patrocínio da Interpol em Minsk, elogiou a decisão. Novikov disse que a Rússia estava inteiramente satisfeita com a iniciativa da Interpol. "A Interpol mais uma vez demonstrou sua independência da influência política externa" declarou Novikov, acompanhado pela agência de notícias ITAR-TASS. A iniciativa da Interpol forneceria à Rússia " argumentos adicionais contra as nações que dão abrigo a pessoas procuradas", disse a autoridade.
O website de notícias NEWSru.co.il news, pediu que o empresário Leonid Nevzlin, que vive em Israel, comentasse a decisão da Interpol.

NEWSru - Seu nome está na lista apresentada pela delegação russa na reunião da Interpol.

Não faz nenhuma diferença. Essa declaração nada tem a ver com minha vida.

NEWSru - Você não abriu nenhum processo?
Eu chamei meus advogados para saber que tipo de limitação haveria a respeito da emissão de meu mandado de prisão ter sido forçada, porque nada sabia sobre ele. Os advogados confirmaram que não haveria qualquer restrição no momento.

NEWSru - Em outras palavras, não haverá alteração no seu status?
A minha ordem de prisão foi emitida há aproximadamente dois anos. Não faz muito tempo, pouco depois da experiência de Mikhail Khodorkovsky, meus advogados apresentaram um protesto afirmando que as acusações contra mim tinham motivação política, sem nenhum efeito. Nunca houve, nem há qualquer limitação a respeito de minha prisão. Novikov não poderia desconhecer esse fato. Ou é ignorante ou está mentindo.

NEWSru - Mas a Interpol respondeu de alguma forma a seus advogados?
Eu acho que não houve resposta. A ordem de prisão ainda não foi cancelada. Os relatórios sobre os novos dados recentemente obtidos pela Interpol provavelmente não são verdadeiros.

NEWSru - A declaração feita pelo chefe da delegação russa na Conferência da Interpol tem alguma influência em sua vida?
Suas palavras não tem nenhum significado especial, porque eu, relativamente ao meu status na Interpol, não tenho intenção de assumir riscos visitando países com regimes políticos duvidosos.

NEWSru - Como você explicaria a escolha do lugar e do momento?
Tudo está bem claro. Ninguém prestou atenção à coisa principal. A legitimidade desta sessão da Interpol, ela mesma, é questionável, pelo fato de estar ocorrendo na Bielo-Rússia. Tanto a União Européia, como os Estados Unidos, reclamaram da escolha da sede. Além disso, a União Européia alertou os estados-membros da Interpol de que os associados da União Européia se negavam a enviar suas delegações a Minsk. Não obstante, a sessão foi realizada.
Isto porque a Rússia escolheu essa sessão para anunciar que a Interpol havia revisado o status daqueles "russos" que haviam sido colocados na lista de procurados. Agora os nomes desses “russos” serão usados na confrontação entre a Rússia e as Democracias Ocidentais. O que é um insulto. Meu nome está sendo misturado a outros, para seus próprios fins. Falando claramente: eu sou o convidado errado, na festa errada. Eu acho que a delegação russa examinou a vantagem do baixo comparecimento para conseguir a aprovação de seu intento, estando perfeitamente ciente de que esta aprovação seria impossível se todos estados-membros estivessem presentes.


NEWSru - Você espera alguma resposta à declaração do vice- Ministro do Interior da parte Ocidental?
Essa declaração exige inevitavelmente uma resposta da parte das democracias presentes à sessão. Isto mina cada vez mais a confiança no sitema jurídico da Rússia, e sua atuação dentro de Interpol.

NEWSru - Que objetivo a Rússia quis alcançar ao fazer a declaração da iniciativa da Interpol?
A posição da Rússia se enfraquece devido aos abusos propalados contra as direitas. O regime de Putin tornou-se uma ditadura fraca e corrupta. O Kremlin está usando tais iniciativas para provar sua força e sua habilidade em "resolver problemas". A Sessão com um comparecimento tão limitado é uma situação normal para a Rússia. Mas a confiança nela está desvanecendo e sua associação futura em organizações internacionais, tais como, OMC (WTO), G8 ou Interpol, torna-se duvidosa.

NEWSru - Então você acha que a declaração de Novikov é um artifício orquestrado pelo Kremlin?
Eu gostaria de dar uma olhada no texto da decisão da Interpol, se houver algum. Isto tornaria muitas coisas claras. Eu penso que os funcionários russos, temendo punição por sua inabilidade em cumprir as ordens de seu mestre, estão tentando iludir a todos, inclusive seus patrões do Kremlin. Talvez, certas palavras tenham sido ditas. Mas os servidores da lei russos estão tentando apresentá-las de tal forma, que possam provar a Putin que estão trabalhando duramente... Tem-se que ler o texto da decisão da Interpol para compreender a grandeza do alcance de sua decisão.

NEWSru - Você acha que este escândalo repercutirá de alguma forma na Interpol?
Esta situação é provável que tenha conseqüências mais adiante e desagradáveis para a Interpol. Especialmente com a sessão sendo realizada na Bielo-Rússia em desafio à comunidade internacional, de encontro às sanções impostas pelo Ocidente ao regime de Lukashenko. Eu penso que isto leva a andar alguns passos para o início do fim desta organização ou levará a provocar sérias mudanças em seu status e estrutura.

NEWSru - Todos os boletins de notícia ventilados pela rádio estatal israelita Kol-Israel caracterizaram um relato da decisão da Interpol de apoiar mandados de prisão russas. Alguma autoridade governamental contatou-o sobre isto?
Ninguém me contatou, porque não há nada a discutir. Os advogados profissionais conhecem perfeitamente bem que tipo de organização é a Interpol. Este episódio visa as pessoas comuns, muitas das quais simplesmente não sabem que a Interpol não é uma organização internacional de direitos e leis, mas um serviço privado de informações. Todo o advogado lhe dirá que a indicação (feita por enviados russos) é absurda. A Interpol aceita e pesquisa as ordens de busca, mas não toma decisões. No nosso caso, a decisão foi tomada pelo Escritório do Procurador Geral da Federação Russa. O restante é mera formalidade burocrática.

NEWSru - Quanto tempo você acha que permanecerá na lista internacional de procurados?
Aparentemente, o mandado de busca será cancelado mais cedo ou mais tarde, mas serão necessários determinados esforços da parte da equipe de defesa. Quanto aos Procuradores russos, não é provável que queiram me deixar livre brevemente, não antes do fim dos criminosos no regime de Vladimir Putin.

Yevgeny Finkel

(MosNews, www.mosnews.com/interview/2006/05/19/nevzlininterview.shtml, 19/05/2006)

Parceria do Corinthians será investigada pela Fifa

O acordo entre Corinthians e o MSI será alvo de investigação da Fifa durante e após a Copa do Mundo. O presidente da entidade, Joseph Blatter, afirmou nesta sexta-feira que um relatório, ainda não finalizado, será apresentado ao conselheiros em junho, em Munique.
O dirigente disse que não será dada trégua à parceria e que "a propriedade dos clubes" é prioridade.
"Não está claro até hoje a estrutura de quem comanda o clube. Depois da Copa teremos mais investigações. A raiz do problema é saber quem é o dono", afirmou Blatter, que disse que o Corinthians não é único time a viver tal situação.
A maior preocupação da Fifa, segundo o dirigente, é a apropriação de vários clubes por um mesmo dono. A ligação entre países também será discutida. O dirigente recordou de uma equipe russa que possui dez jogadores de Portugal.
Como suspeita, o meia Carlos Alberto e o lateral-esquerdo Rubens Júnior - ambos jogavam pelo Porto - foram contratados pelo MSI, de Kia Joorabchian, que tem ligações com a Rússia.

Redação Terra
(Terra Esportes, http://esportes.terra.com.br/futebol/brasileiro2006/interna/0,,OI1012522-EI6568,00.html, 19/05/2006)

Fifa vai investigar investimentos na MSI no Corinthians

Joseph Blatter afirmou nesta sexta-feira que o caso está sendo estudado pela Fifa, que quer saber a identidade de quem investe no futebol.

Jamil Chade

ZURIQUE, Suíça - A Fifa quer saber quem está por trás dos investimentos da MSI no Corinthians. O presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, revelou nesta sexta-feira, na sede da Fifa, em resposta a uma pergunta do Portal Estadão, que um comitê preparou um relatório preliminar sobre o fundo de investimentos, e o documento será apresentado durante o Congresso Anual da Fifa, que ocorre no dia 7 de junho, em Munique.

"Após a Copa do Mundo, aprofundaremos as investigações. A raiz do problema é saber quem é o dono. Queremos clareza

e transparência", afirmou Blatter, em entrevista a jornais de todo o mundo.

O tema da MSI, que não revela quem são seus investidores, entrou na agenda da Fifa no ano passado, quando a entidade criou um comitê especificamente para avaliar a situação financeira do futebol. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, é vice-diretor do grupo.

A MSI é dirigida pelo iraniano Kia Joorabchian, mas o russo Boris Berezovsky é tido como o magnata que está por trás do fundo. O russo já admitiu que construiria um estádio para o Corinthians, mas, questionado se estaria de acordo com a abertura da informação sobre os investidores da MSI, o russo hesitou em responder. "Estou ocupado até a semana que vem", afirmou. Depois de muita insistência, apenas disse: "Essa pergunta deve ser feita ao Kia, não para mim".

Um dos pontos principais do trabalho é a investigação sobre quem são os proprietários dos clubes diante da proliferação de casos de um empresário contar com mais de um time em um campeonato. A investigação também envolve a presença de sociedades anônimas em clubes, como no caso do Corinthians.

Em uma reunião na Fifa, no ano passado, um representante da Justiça brasileira apresentou dados sobre a MSI. "Isso nos permitiu iniciar bem o trabalho (de investigação). Mas ainda não está claro até hoje a estrutura de quem comanda o Corinthians", afirmou Blatter.

"Durante o Congresso Anual, vamos apresentar um relatório intermediário sobre o assunto e o caso da MSI fará parte. Existem organizações como essa em que não está claro como foram formados e as pessoas por trás delas. Por isso vamos investigar", afirmou o dirigente, que diz não poder limitar a apuração à questão esportiva. "Vamos pedir a ajuda da CBF e da FPF. Mas se for necessário, pediremos a ajuda da polícia e da Justiça nas investigações", concluiu.

(Estadão, http://www.estadao.com.br/esportes/futebol/noticias/2006/mai/19/167.htm, 19/05/2006)

A tanga e o PCC

Os repórteres Ricardo Perrone e Eduardo Arruda, da "Folha de S.Paulo", descobriram que até uma tanga feminina, além de dois pares de meias soquete, um pijama e dois modeladores (cintas para modelar o corpo) apareceram na contabilidade corintiana, com notas fiscais de 17 de junho de 2004.

O valor é irrisório, R$ 125,93, mas a questão, evidentemente, não é de valor.

É de princípios.

O presidente do clube, Alberto Dualib, admite que os modeladores podem ter sido comprados para uso dele e de seu filho "porque sentimos dores na coluna".

Tanga ele diz que não usam.

Mas, como se vê, aceita que possa ter usado dinheiro do clube para os modeladores de uso particular.

Por essas e por outras, muito mais graves, como benefícios ilícitos à alta cúpula alvinegra em contratos do Corinthians, o Conselho Fiscal corintiano pediu ao Ministério Público que investigue a contabilidade do clube e a quebra do sigilo fiscal de Dualib e de seus companheiros.

Décadas atrás, no Rio Grande do Sul, houve o "escândalo das calcinhas", quando notas fiscais das referidas peças apareceram na prestação de contas da Federação Gaúcha de Futebol, então presidida por Rubens Hoffmeister.

Agora temos o da tanga, no segundo clube mais popular do país.

O Primeiro Comando Corintiano se desmoraliza cada vez mais e do jeito que as coisas vão é até capaz de Boris Berezovski, o chefão da MSI, se incomodar em ter seu nome ligado ao dessa gente que comanda o Parque São Jorge.

Juca Kfouri

(Blog do Juca, http://blogdojuca.blog.uol.com.br, 19/05/2006)

Berenzovski

Dias atrás, amigos de José Dirceu questionaram as informações, que fui o primeiro a dar, sobre a chegada ao Brasil, em um jatinho, do mafioso russo Boris Berenzovski, condenado a 20 anos na Rússia por golpes financeiros na Aeroflot e na maior empresa russa de petróleo, com ordem de prisão na França, Suíça e outros países, foragido na Inglaterra sob a proteção de Tony Blair e patrão do iraniano Kia da MSI, que arrendou o Corinthians lavando dinheiro.
A Interpol descobriu que ele estava usando o nome de Platon Yelenin. Sumiu do hotel sem levar as malas, trocou de hospedagem e, preso oito horas na Polícia Federal, alegou ter autorização do governo para vir ao País e participar da compra da Varig ou entrar em negócios de petróleo e energia.
Contei que seu contato no Brasil era o ex-deputado José Dirceu, hoje metido em diversificados e notórios negócios.
Agora, no seu prestigiado blog, o Fernando Rodrigues, da "Folha", revelou que, na semana de 4 de maio em que o Corinthians perdeu para o River Plate no Pacaembu, Berenzovski estava hospedado em uma casa perto do estádio e Dirceu esteve três vezes com ele.
Dirceu
E mais. Na próxima semana, Berenzovski estará de novo no Brasil, sempre acolitado por José Dirceu, para encaminhar uma consulta ao Comitê Nacional para Refugiados no Brasil, no Ministério da Justiça, perguntando se pode viver aqui. Quer transferir para o Brasil sua condição de fugido.
O que ele não diz é que está apavorado com a possibilidade de seu protetor Tony Blair, cuja campanha financiou em troca do asilo, perder de repente a chefia do governo inglês, e a oposição fazer com ele o que fizeram com Pinochet: prendê-lo e devolvê-lo à Rússia e seu presidente Putin.
A "quadrilha" do Mensalão tinha chefe e chefão. Agora tem patrão.
Sebastião Nery

(Tribuna da Imprensa, http://www.tribunadaimprensa.com.br/coluna.asp?coluna=nery#, 19/5/2006)

Wednesday, May 17, 2006

Zé Dirceu e o russo Berezowski

O blog tem informação quente e a repassa do jeito que foi recebida: José Dirceu esteve pessoalmente com o bilionário russo Bóris Berezowski por 3 vezes na mesma semana em que o Corinthians perdeu para o River Plate, em jogo no Pacaembu (a partida foi em 4 de maio). O magnata estrangeiro estava hospedado em uma casa nas imediações do estádio.

Em tempo: Berezowski tem nova viagem marcada para o Brasil. Ele chega na semana que vem. Deve passar uns cinco dias por aqui.

Comentário: esse Zé Dirceu não pára, heim? Assuntos possíveis? Petróleo, energia, Varig. A pauta é longa.

FERNANDO RODRIGUES

(Blog de Fernando Rodrigues, http://uolpolitica.blog.uol.com.br/arch2006-05-14_2006-05-20.html, 17/05/2006)

A versão Duprat-Berezowski

Renato Duprat, representante de Bóris Berezowski, telefona. Pede os seguintes registros:
1)o russo já teria entrado no Brasil como "refugiado político", mas não estaria interessado em se transferir de uma vez para cá (o blog ouviu versão diferente do Comitê Nacional para Refugiados no Brasil);
2)sobre José Dirceu, a versão de Duprat-Berezowski é que não houve encontros (OK, mas o blog tem testemunhas oculares; aliás, ressalta-se, nada há de ilegal ou condenável no fato de pessoas adultas e vacinadas se encontrarem).
E vamos em frente.

FERNANDO RODRIGUES
(Blog de Fernando Rodrigues, http://uolpolitica.blog.uol.com.br, 17/05/2006)

Berezowski quer viver no Brasil

O milionário russo Bóris Berezowski fez uma consulta ao Comitê Nacional para Refugiados no Brasil, no âmbito do Ministério da Justiça, perguntando se existe a possibilidade de passar a viver por aqui. Ele quer transferir da Grã-Bretanha para o Brasil a sua alegada condição de refugiado --segundo o magnata, em linha com o que determinam convenções da ONU.
Berezowski se diz perseguido pelo governo de Vladimir Putin.
em tempo: no post anterior, ao escrever que repassava a informação tal como recebida o objetivo foi dizer que o blog, naquele caso específico (os encontros entre Zé Dirceu e Berezowski), não fazia juízo de valor a respeito. A informação, por óbvio, foi devidamente checada. Enfim, como cantaria o Santa Esmeralda, "please don't let me be misunderstood".

FERNANDO RODRIGUES
(Blog de Fernando Rodrigues, http://uolpolitica.blog.uol.com.br, 17/05/2006)

Congresso norte-americano pressiona Rússia para apurar morte de editor da Forbes

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou uma moção na terça-feira exigindo da Rússia a continuação do inquérito do assassinato do jornalista americano Paul Klebnikov, informou a agência de notícia RIA Novosti.

"A Câmara dos Deputados... cobra do governo da Rússia ações apropriadas para proteger a independência e a liberdade da mídia Russa e de todos os membros correspondentes da mídia. Um grupo de jornalistas investigativos dos Estados Unidos... iniciou seu próprio inquérito sobre a morte do Sr. Klebnikov", disse a manifestação da Câmara.
"Repressão à liberdade de imprensa na Rússia provocaram a convicção de que os jornalistas podem ser intimidados e mortos com impunidade," disse a Câmara, e acrescenta: “elogiando todos os jornalistas que vivem e trabalham na Rússia por sua corajosa dedicação à transparência e à verdade.”
Este é o segundo apelo feito por autoridades dos Estados Unidos reforçando que os assassinos do editor da revista Forbes russa devem ser encontrados. No dia 6 de maio, dia seguinte à absolvição dos três réus por um Tribunal Russo, o porta-voz do Departamento de Estado Americano, Sean McCormack reclamou às autoridades russas para que se encontre e processe todos os responsáveis pelo assassinato e ofereceu o auxílio dos Estados Unidos na investigação.
Um veredicto proferido pela maioria do júri no Tribunal de Moscou em 05 de maio absolveu três chechenos suspeitos da execução de Klebnikov, ex-editor da revista Forbes russa, em julho de 2004. Os procuradores arquivaram uma apelação contra o depoimento, citando completa violação da sessão.
Os procuradores disseram que Klebnikov foi morto por ordem do empresário checheno Khozh-Akhmed Nukhayev, como vingança depois que o jornalista escreveu um livro crítico "Conversas com um bárbaro", com Nukhaev como figura central.
Na terça-feira, a família de Klebnikov disse apoiar a decisão do escritório da Procuradoria Geral Russa de contestar a absolvição.
Nós tivemos conhecimento de determinados detalhes problemáticos da decisão. Nossos advogados disseram-nos ter constatado numerosas violações ao regimento durante a sessão”, conforme um depoimento oficial da família de Klebnikov, recebido na terça-feira pela Interfax.
Klebnikov trabalhou para a Forbes desde 1989, e tinha conquistado reputação por investigar corrupção e acordos desonestos pós-soviéticos.
MosNews

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2006/05/17/usurgesklebnikov.shtml, 17/05/2006)

Tuesday, May 16, 2006

Berezovsky aciona Mikhail Fridman por calúnia

Em Londres iniciaram-se as oitivas do processo de calúnia movido pelo oligarca asilado Boris Berezovsky contra Mikhail Fridman, CEO do Grupo Alfa. O magnata, que vive na Grã-Bretanha, quer preservar sua honra e dignidade, além de exigir retratação por afirmações supostamente caluniosas de seu oponente, noticiou na terça-feira o jornal diário Kommersant.
Berezovsky ingressou na Justiça britânica em resposta a uma afirmação de Fridman, chefe do Grupo Alfa, que o acusou de ameaças em 1999, época das tratativas para aquisição da Kommersant Publishing House.
Friedman fez a declaração em 2004, em um popular programa de entrevistas na NTV, rede de televisão nacional da Rússia. Durante debate exasperado com Andrei Vassilyev, então diretor da editora, Fridman afirmou ter planejado providenciar empréstimo aos acionistas minoritários do Kommersant para auxiliá-los na aquisição da empresa de Vladimir Yakovlev, seu principal acionista. Boris Berezovsky, que também tinha planos de aquisição da companhia, telefonou para Fridman e o ameaçou.

A queixa de Berezovsky foi ajuizada em 31 de março de 2005.
Pyotr Aven, Vladimir Potanin e Boris Nemtsov estão entre as testemunhas convidadas a depor em Londres, informou o Kommersant.
MosNews

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2006/05/16/berezovskyfridman.shtml, 16/05/2006)