Sovietic News - Notícias

Noticiário - Antonio Roque Citadini

Saturday, May 06, 2006

Washington oferece auxílio na investigação do assassinato de Paul Klebnikov

Sean McCormack porta-voz do departamento de estado norte-americano, incitou as autoridades russas para fazer tudo que pudessem para encontrar os assassinos de Klebnikov e ofereceu o auxílio dos E. U.A. para encontrar os responsáveis, informou a Associated Press.
"Nós incitamos as autoridades russas para que façam todo o possível para encontrar e processar todos os responsáveis pelo assassinato -- aqueles que puxaram o gatilho e aqueles que encomendaram o assassinato", disse McCormack.
"A intimidação e o assassinato de jornalistas é uma afronta a todos os valores democráticos e não deve ser tolerada. Nossos pensamentos vão para a família de Klebnikov durante este período particularmente difícil", acrescentou.
Klebnikov era editor da edição russa da revista empresarial Forbes, ele foi assassinado em julho 2004. Ontem o júri de Moscou absolveu todos os três réus no caso de Paul Klebnikov.
Os promotores alegaram que os dois homens executaram o assassinato em nome de um ex-líder rebelde checheno.Eles disseram que o fugitivo Khozh-Akhmed Nukhayev, que tinha figurado em um livro de autoria de Klebnikov, pagou a um grupo criminoso pelo assassinato. Os homens negaram as acusações contra eles.
Um júri do Tribunal da cidade de Moscou votou pela absolvição de Kazbek Dukuzov, 32, e Musa Vakhayev, 42, ambos acusados de ter efetivamente disparado os tiros fatais contra Klebnikov.
Um terceiro suspeito, Fail Sadretdinov, enfrentou acusações de tentativa de assassinato em um caso separado e de organizar o grupo acusado de ter matado o jornalista. Ele também foi absolvido.
Larisa Maslennikova, advogada da família, disse a agência de notícia RIA novosti que eles concordam com a decisão e que não vão apelar do veredicto.
A família de Klebnikov disse em um depoimento que respeita o resultado do processo, mas incitou o governo russo a continuar sua investigação "com vigor renovado", informou a BBC.
MosNews

Chelsea enfoca Tévez como parte de negócio de £ 35milhões

POR MATT HUGHES
Enquanto o Arsenal e o Tottenham Hotspur estavam focados na luta pelo quarto lugar no Barclays Premiership, o Chelsea estivera ontem envolvido em dois importantes focos de transferência, com os quais espera sair do aperto durante toda a competição.
José Mourinho, na noite passada, voou a São Paulo após conversar com Kia Joorabchian, proprietário dos Corinthians, sobre Carlos Tévez,o atacante argentino, enquanto o gerente do Chelsea está cada vez mais confiante em contratar Salomon Kalou, o atacante do Feyenoord, para este verão, iniciando as discussões sobre um negócio de uns £3 milhões.
O sistema padrão do Chelsea visa a contratação de dois jogadores para cada posição a preencher antes de tomar sua decisão final no último minuto, embora, por causa da natureza complexa de cada caso, poderiam chegar até a assinar com ambos os jogadores visados.
Com Roman Abramovich, proprietário do Chelsea, ainda esperançoso de contratar Andriy Shevchenko como goleador principal, Tévez é o primeiro alvo como segundo atacante, mas poderia tornar-se igualmente caro.
O The Times revelou primeiramente o interesse do Chelsea em Tévez, no mês de março e, embora o negócio ainda não tenha sido fechado, a decisão de Mourinho de voar para o Brasil, antes do fim da temporada, mostra o tamanho de seu desejo de contratá-lo. Após a derrota do Corinthians para o River Plate por 6 x 3, na Copa Libertadores, Mourinho jantou com Joorabchian e Pini Zahavi, principais agentes do Chelsea.
Compreende-se que Mourinho gostou muito do jantar para expressar admiração por Tévez, mostrando claramente que os jogadores argentinos interessavam mais ao Premiership do que os brasileiros, antes que a conversa voltasse ao preço a pedir. Após ter citado inicialmente £44 milhões, Joorabchian baixou a cifra a £32 milhões, ao que Mourinho respondeu não ser isso um impedimento ao negócio, mas que levaria a informação a Abramovich.
Sabe-se que Mourinho perguntou também sobre a disponibilidade de Javier Mascherano, jogador de meio-campo argentino, atualmente no Corinthians, enquanto os participantes brasileiros inquiriram sobre a possibilidade de um troca formal em que poderiam ser examinados alguns jogadores novos do Chelsea para empréstimo. Uma indicação da relação estreita entre os clubes foi a informação de Mourinho e Zahavi estarem alojados no mesmo hotel da equipe.
Mourinho ontem distanciou-se de Tévez enquanto era cuidadoso em evitar um dano maior. "Pessoas podem dizer o que gostam, mas há aí 22 jogadores neste campo prestando atenção", disse, enquanto Joorabchian mantinha sua posição pública de que seu astro não estava à venda. O último atacante do Boca Juniors tem uma cláusula rescisiva contratual de £70 milhões e é compreensível estar insatisfeito no Corinthians.
"Não há nenhuma referência a preço, já que ele não está à venda”, disse Joorabchian ao The Times na noite de ontem. "Ele tem só 22 anos, é o melhor jogador da América do Sul e um dos melhores do mundo. Isto não é possível. Para mim ele é insubstituível."
Kalou será consideravelmente mais barato, mas sob outros aspectos a espera do Chelsea para contratá-lo é ainda mais complicada. Como só tem 20 anos não seria concedida licença de trabalho neste país, além de ter ainda que representar na Copa do Mundo a seleção da Costa do Marfim, país de seu nascimento, estaria tentando obter cidadania holandesa.
Rita Verdonk, Ministro da Imigração dos Países Baixos, rejeitou sua liberação em caráter urgente, há dois meses, apesar de um pedido pessoal de Marco Van Basten, treinador da Holanda, e sua apelação deverá ser decidida na próxima semana.
Kalou viveu nos Países Baixos somente por três anos, dois anos brevemente no período de qualificação, e seu pleito não prosperou pelo fato de ter falhado no teste de língua e cultura holandesa. Com apenas um ano restante em seu contrato, o Chelsea planeja comprá-lo neste verão e emprestá-lo ao Feyenoord, até que ele obtenha um passaporte.

(The Times, www.timesonline.co.uk, 06/05/2006)

Berezovsky é Interrogado por Procuradores Brasileiros

O empresário Boris Berezovsky, procurado na Rússia acusado de tentar derrubar o regime constitucional pela força, foi interrogado por Procuradores brasileiros em São Paulo, relatou a agência de notícias Interfax.
A agência citou a mídia brasileira dizendo que Berezovsky tinha sido detido no Aeroporto Internacional de São Paulo enquanto tentava embarcar para Londres. Ele foi acompanhado por um intérprete e por seu advogado. Berezovsky não ofereceu nenhuma resistência.
Os detalhes do interrogatório, que durou várias horas e depois do qual ele foi liberado, não são conhecidos. Foi noticiado que os investigadores brasileiros estariam interessados em seu possível envolvimento em lavagem de dinheiro através de clubes de futebol locais. Além disso, a mídia brasileira noticiou em massa, sobre o interesse do empresário em comprar a Varig, companhia aérea brasileira.
O escritório da Procuradoria-Geral Russa, anunciou no início de março, que tinha iniciado um novo processo criminal contra Boris Berezovsky e tinha enviado à Grã Bretanha as evidências que constituem as razões para um pedido de extradição. O empresário está sendo acusado de participação em crimes graves, incluindo tentativas de tomar o poder político pela força.
Berezovsky disse aos jornalistas em janeiro último, que estava "preparando a derrubada das autoridades pela força" na Rússia. O empresário, que vive atualmente em Londres, reconheceu que "tem tomado determinadas atitudes neste sentido há algum tempo".
MosNews

(MosNews, http://www.mosnews.com/news/2006/05/06/BerezovskyBrazil.shtml, 06/05/2006)

Wednesday, May 03, 2006

Máfia russa quer a Varig

Ademar de Barros, governador de São Paulo, recebeu do general Amauri Kruel, comandante do II Exército, em 5 de junho de 1966, a notícia de que o general Castelo Branco havia assinado a cassação de seu mandato e a suspensão de seus direitos políticos, sendo substituído pelo vice Laudo Natel.

No Palácio do Morumbi, a confusão foi total. Ninguém sabia o que o derrubado governador, apoiado por sua poderosa Polícia Militar, ia fazer. Ademar convocou imediatamente uma reunião de todo o secretariado e dos diretores dos órgãos mais importantes do governo, chamou os amigos mais próximos e todos foram se encaminhando para o salão de despachos.

ADEMAR
Corria um frio suor coletivo. Ademar iria acatar ou reagir? E reagir como? Ademar chegou, foi para a cabeceira da mesa, sentou-se, calado, o rosto tenso, o olhar duro, esperou que todos se sentassem. Olhou para um lado, olhou para o outro, conferiu um por um, fitando cada um nos olhos:
-Meus amigos, agradeço comovido a solidariedade de vocês. Vocês sabem que o Castelo me cassou. Um ingrato. Só está lá na presidência da República porque garanti a revolução de 31 de março aqui em São Paulo. Vocês são meus amigos e eu conto com o apoio de vocês. Respondam com toda a franqueza. Da resposta de vocês vai depender o destino da minha vida.
Ademar parou, respirou fundo. Havia um silêncio de punhal. Continuou:
- Me digam. De que é que eu vou embora? De avião ou de navio?
Foi de avião, dois dias depois, 7 de junho. E de peruca marrom.

BEREZOVSKI
Também em São Paulo, na semana passada, aconteceu outra história ridícula como a fuga de Ademar. De repente, apareceu a notícia de que estava escondido na cidade o bilionário da máfia russa, Boris Berezovski, dono do time inglês Chelsea, de um time na Geórgia e do fundo de investimentos MSI, que arrendou o Corinthians através de seu testa-de-ferro, o irianiano Kia.
Berezovski é um fugitivo internacional. Condenado a mais de 20 anos de prisão na Rússia, sua terra, por um mensalão generalizado e golpes financeiros contra o país, procurado pela Suíça, pela França e outras praças, negociou com Tony Blair um asilo na Inglaterra, em troca de milhões de dólares para as campanhas eleitorais do primeiro-ministro inglês, seu protetor.
Mas não pode sair da Inglaterra, nem a passeio, porque a Interpol está em cima para cumprir ordens de prisão contra ele, partidas de vários países.


CORINTHIANS
Os processos contra Berezovski são os mais diversos. Com a implosão da União Soviética, ele se aliou a Yeltsin, passou a controlar a maior empresa de petróleo do país, empresas de gás e a companhia de aviação Aeroflot. Explodiu todas, fugiu e saiu da Rússia com mais de 20 bilhões de dólares.
Em Londres, montou seu novo bunker de negócios, inclusive, para lavar dinheiro, a propriedade ou participação em times de futebol na Inglaterra, na Geórgia, em Portugal e, afinal, no Brasil, arrendando o Corinthians.
Há dois anos, quando ele começou a negociar o Corinthians através do iraniano Kia, fui o primeiro a denunciar, aqui, quem era ele, o que havia feito na Rússia, suas condenações e esconderijo na Inglaterra. Quando sai da Inglaterra, Berezovski costuma usar o nome falso de Platon Yelenin. Confirmou-se tudo. Os procuradores José Reinaldo Guimarães e Roberto Porto, do Ministério Público de São Paulo, abriram processos sobre a origem do dinheiro sujo do mafioso russo e do iraniano "neocorintiano" Kia.


TUMA
Na semana passada, afinal, o fantasma da máfia russa desceu em São Paulo, em um jatinho, com uma comitiva de dez pessoas e foram para o hotel cinco estrelas Unique, onde ocuparam os melhores oito apartamentos.
O deputado Romeu Tuma Junior (PMDB de São Paulo), ex-diretor da Interpol no Brasil, denunciou e pediu ajuda à Polícia Federal, à Polícia Civil e à Polícia Militar de São Paulo, que mandou três viaturas para a frente do hotel.
O empresário Renato Duprat, braço direito de Berezovski e de Kia no Brasil, disse que ele veio ao Brasil tentar comprar a Varig. Entrou no País com autorização do Itamaraty, depois de consultar o governo brasileiro.
Mas, como todo mafioso tem sempre seus informantes de orelha em pé, ao saber que já havia três viaturas da Polícia Militar de São Paulo na porta do Hotel Unique, Berezovski e sua comitiva nem mais voltaram ao hotel, para arrumar as malas, fazer o "check-out" para a saída e pagar a conta. Às carreiras, foram para o aeroporto, pegaram o jatinho e sumiram.


DIRCEU
O que se diz em São Paulo é que um mafioso de mais de 20 bilhões de dólares não iria arriscar a pele numa aventura, sem antes ter bem negociado tudo com o governo brasileiro através de poderosos intermediários.
A viagem ao Brasil teria sido montada há dias pelo agora "vitorioso empresário" José Dirceu, em uma de suas viagens à Venezuela. A imprensa publicou que Lula pediu ao presidente Hugo Chávez ajuda para encontrar uma saída para a moribunda Varig. O caminho aberto por Dirceu em Caracas foi dinheiro da máfia russa para a Varig e para a campanha de Lula e do PT.

SEBASTIÃO NERY

(Tribuna da Imprensa, www.tribunadaimprensa.com.br, 03/05/2006)

Tuesday, May 02, 2006

Murdoch, gigante da mídia, investe na Geórgia

O fato de Rupert Murdoch, gigante da mídia da News Corporation , ter planejado investimentos na mídia georgiana, deve ser um sinal positivo para o mercado dos meios de comunicação do país, segundo a maioria dos observadores.
News Corporation comprará ações da Imedi, companhia georgiana da mídia, a qual reúne uma estação de rádio e televisão de Tbilisi, de propriedade do magnata Badri Patarkatsishvili, noticiado em 29 de abril pela Imedi TV.
Um acordo preliminar foi assinado por Rupert Murdoch e Badri Patarkatsishvili, no dia 28 de abril, em New York e a finalização do negócio está planejada para ocorrer em algumas semanas, segundo a notícia.
A Imedi TV noticiou que a News Corp comprará "uma parte significativa das ações" da Imedi "mas os detalhes do negócio permanecem confidencias." Algumas outras fontes georgianas da mídia, incluindo a Rustavi 2 TV, que é a principal concorrente Imedi TV, informaram que Badri Patarkatsishvili vendeu 30% de suas ações.
A News Corp, que tem rendimentos anuais totais de aproximadamente U$ 24 bilhões, é a primeira corporação estrangeira a investir no mercado da mídia na Geórgia.
"A decisão tomada por Rupert Murdoch, da multinacional News Corporation, torna-lo-á sócio da Imedi TV e da estação de rádio Imedi, o que eu penso ser um fato muito significativo para a Geórgia, o que nos dá a possibilidade de aumentar o interesse internacional em nosso país. Este é um dos dias mais notáveis da minha vida e eu quero parabenizar a Geórgia e a equipe de funcionários da Imedi”. Badri Patarkatsishvili disse para a Imedi TV.
A Imedi TV está entre as três principais transmissoras nacionais georgianas. As duas outras são, a Rustavi 2 TV e a Public Broadcaster, unindo o primeiro e o segundo canais de tevê e uma estação de rádio.
A Public Broadcaster, que é uma sucessora da State TV and Radio Company, ainda está em transição e mal pode competir com a Imedi e com a Rustavi 2.
A Rustavi 2 TV, que é frequentemente acusada por oponentes de ser controlada pelo governo, é a concorrente principal da Imedi TV. A Rustavi 2 é de propriedade do empresário Kibar Khalvashi, que dizem ter ligações próximas com o Ministro da Defesa Irakli Okruashvili. A Rustavi 2 TV expandiu seus negócios transmissão, segundo dizem, depois que Kibar Khalvashi comprou 78% da estação de televisão Tbilisi-based Mze.
Ia Antadze, analista político e repórter do RFE/RL, na Geórgia, disse que o negócio entre a Imedi TV e a News Corp é "de importância inédita" para o mercado georgiano da mídia.
"Eu acho que esta será a mais importante garantia da liberdade de imprensa... Por outro lado, a mudança ajudará Patarkatsishvili a aliviar a pressão das autoridades", Ia Antadze relatou à Civil Geórgia.
Em março, o influente magnata financeiro e da mídia, Badri Patarkatsishvili, inesperadamente desencadeou críticas às autoridades, acusando-as de fazer pressão contra sua estação da televisão. O Ministro do Interior Vano Merabishvili, foi pego pelo escândalo do assassinato de Sandro Girgvliani, depois de uma notícia ter sido divulgada pela Imede TV, em fevereiro, alegando que altos funcionários do Ministério do Interior poderiam estar envolvidos no crime.
Em resposta, as autoridades acusaram Patarkatsishvili de tentar "chantagear o Governo georgiano" através de suas fontes na mídia, em um esforço para perseguir seus interesses no negócio.
Levan Ramishvili, que preside o Liberty Institute, um influente grupo de advocacia de direitos humanos e crítico, a muito tempo de Patarkatsishvili, disse que a decisão da New Corp em investir na Geórgia "é um acontecimento interessante."
"Eu acho positivo, quando a influência de oligarcas russos no mercado georgiano da mídia está diminuindo" Levan Ramishvili disse a Civil Geórgia, em 2 de maio, mas acrescentou que Murdoch também é uma pessoa polêmica, que é frequentemente alvo de críticas.
Nika Gvaramia, parlamentar do partido dominante National Movement observou que a decisão da News Corp em investir na Geórgia indica que "as coisas estão caminhando no sentido correto na Geórgia."
"E nós devemos esperar que os setores empresarial e da mídia na Geórgia, também irão reanimar", MP Gvaramia disse à RFE/RL na Geórgia.

(Civil Georgia, www.civil.ge/eng/article.php?id=12468, 02/05/2006)

Boris Berezovski está no Brasil para cuidar de negócios

LANCEPRESS

Boris Berezovski, magnata russo e principal investidor do MSI, parceiro do Corinthians, voltou ao Brasil para tratar de negócios com Varig e Petrobras, informa o jornalista Juca Kfouri, em seu blog.
Ele esteve em São Paulo na semana passada, mas teve de ir às pressas para a Geórgia, para participar de uma reunião.
O empresário tem a garantia do Ministério da Justiça do Brasil de que não será preso em território nacional. O órgão argumenta que o país não tem tratado de extradição com a Rússia.
Berezovski tem mandado de prisão na Rússia por vários crimes cometidos naquele país.

(Último Segundo, http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/esportes/2359501-2360000/2359833/2359833_1.xml, 02/05/2006)

Monday, May 01, 2006

O passeio do russo

A partir de amanhã, passada a letargia do feriadão que também acomete a imprensa, deverá render a passagem de Boris Berezovski pelo Brasil, na última semana.
Autorizado pelo Itamaraty a entrar no país como asilado político, e com o nome de Platon Yelenin, já se sabe que ele esteve na Petrobrás e com altas autoridades brasileiras em Brasília.
Petrobrás pode remeter ao Flamengo e remete, certamente, aos negócios de Berezovski que ficou com boa parte do petróleo no processo de privatização da ex-União Soviética.
Assim como ficou a estatal de aviação, a Aeroflot, e, agora, pensa na Varig.
O episódio pode gerar um incidente diplomático com o governo russo, cuja embaixada se mobilizou para tentar fazer com que fosse cumprido o mandado de prisão internacional, via Interpol, que há contra o magnata.
Há quem afirme que também esteve hospedado no hotel Unique, em São Paulo, o parceiro de Berezovski, o também milionário, georgiano, Badri Patarkatsishvili.
E ninguém entende por que todos (eram oito pessoas) saíram às pressas assim que a notícia da presença da comitiva foi dada, neste blog e na rádio CBN, já que tinham autorização do governo brasileiro para aqui estar.
Em ano de eleições, fiscalização crescente sobre gastos de campanha e com a presença imediata do deputado estadual Vicente Cândido (PT-SP) no hotel, assim que a notícia vazou, para garantir que não haveria prisões, o episódio é um prato cheio.
Funcionário de Berezovski e presidente da MSI-Corinthians, Kia Joorabchian, como o presidente do clube, Alberto Dualib, garantem que não sabiam da presença do russo no país e até agora não há nada que os desminta.
Mas um dos principais assessores de Dualib, hoje em litígio com Joorabchian, sabia.
E Renato Duprat é incapaz de guardar segredo por muito tempo.
(Blog do Juca, http://blogdojuca.blog.uol.com.br/, 01/05/2006)

Sunday, April 30, 2006

News Corporation Compra Ações da Georgiana Imedi TV

News Corporation comprou ações da georgiana Imedi TV, a notícia foi divulgada primeiramente por Giorgi Kvitashvili, secretário de imprensa de Badri Ptarkatsishvili, fundador da companhia de tevê.

Giorgi Kvitashvili não especificou o volume exato da compra, mas de acordo com a RTVI, 30% das ações foram vendidos.
News Corporation (www.newscorp.com), dirigida por K.Rupert Murdoch, possui estúdios de filmes, companhias de TV e editoras na Austrália, nos Estados Unidos e no Reino Unido. A corporação possui a FOX, companhia de teledifusão, o New York Post e a Fox Australia studio (e também a Directv e a SKY).

MosNews

(MosNews, www.mosnews.com/money/2006/04/30/imedi.shtml, 30/04/2006)

News Corp Compra Ações da Imedi

O magnata da mídia Rupert Murdoch, do conglomerado News Corporation (www.newscorp.com) comprará ações da companhia georgiana de mídia Imedi, de propriedade do magnata Badri Patarkatsishvili, que reúne rede de televisão sediada em Tbilisi e estações de rádio, conforme noticiado em 29 de abril pela Imedi TV.

Um acordo preliminar foi assinado por Rupert Murdoch e por Badri Patarkatsishvili em 28 de abril, em New York, de acordo com a nota.
A Imedi TV informou que a News Corp comprou "uma parte significativa das ações" da Imedi Holding "mas os detalhes do negócio permanecem confidenciais." Algumas outras fontes georgianas da mídia, incluindo a Rustavi 2 TV, que é a principal concorrente da Imedi TV, relatou que Badri Patarkatsishvili vendeu 30% de suas ações.
News Corp, que tem rendimentos anuais totais de aproximadamente U$ 24 bilhões, é a primeira corporação estrangeira a investir no mercado da mídia na Geórgia.
"A decisão foi tomada pela multinacional de Rupert Murdoch, News Corporation se tornará sócio da Imedi TV e da Imedi rádio, o que eu penso, é um fato muito significativo para a Geórgia, o que nos dá a possibilidade de aumentar o interesse internacional em nosso país.Este é um dos dias mais notáveis da minha vida e eu quero parabenizar a Geórgia e a equipe de funcionários da Imedi," disse Badri Patarkatsishvili para a Imedi TV.


(Civil Georgia, http://www.civil.ge/eng/article.php?id=12444, 30/04/2006)

Magnata russo: Visita a São Paulo pode ser investigada

Deputado chegou a acionar a polícia na tentativa de prender o investidor

Bárbara Souza
Lígia Formenti

O deputado estadual Romeu Tuma Jr. (PMDB) vai pedir que o Ministério Público Estadual (MPE) investigue a passagem de Boris Berezovsky por São Paulo. "Já entrei em contato com os promotores, que terça-feira devem começar a tomar as providências, a verificar os atos dele por aqui", disse o deputado. Ele vai tentar também pressionar o Ministério Público Federal (MPF) a concluir as investigações sobre a ligação de Berezovsky à MSI, parceira do Corinthians. O deputado é conselheiro do clube.

Segundo o MPE, o acordo entre o Corinthians e o fundo de investimentos mostra indícios claros de lavagem de dinheiro. Na noite de sexta-feira, Tuma Jr. acionou a Polícia Militar para tentar prender Berezovsky num hotel em São Paulo. "Eu pedi ajuda da Polícia Federal, não consegui. Pedi ajuda da Polícia Civil e também não consegui, então contactei a PM", disse. "Quando a polícia chamou reforços, ele foi embora, sem nem fazer o check-out."

O empresário Renato Duprat, braço direito de Berezovsky, negou com veemência a informação de que policiais teriam tentado prender o investidor russo no hotel. "Ninguém foi lá e ele também não fugiu. Tinha viagem marcada para sexta-feira à noite", garantiu. "Ele veio apenas porque eu o informei da situação da Varig e ele se interessou. Não tinha qualquer outro interesse", contou Duprat.

APF não atendeu ao deputado porque a vinda de Boris Berezovsky ao Brasil foi precedida de uma consulta feita pelo seu advogado a autoridades brasileiras. De acordo com o Ministério da Justiça, o advogado de Berezovsky entrou em contato com integrantes da pasta, há cerca de 2 meses, pedindo esclarecimentos sobre qual seria o procedimento necessário para o empresário visitar o País, numa viagem de negócios.

A resposta foi dada dias depois pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que também é da Comissão Nacional de Refugiados. Como o empresário havia obtido asilo da Grã-Bretanha, ele poderia circular no Brasil livremente.

O Ministério da Justiça informou que, na condição de refugiado, Berezovsky é protegido pela convenção 51 da ONU. Por isso, somente poderia ser preso se cometesse algum crime no País. E deportado se houvesse pedido de expulsão, o que não ocorreu.

COLABOROU M.R.L.

(O Estado de S. Paulo, Economia & Negócios, 30/04/2006)

Visita de chefão da MSI ao Brasil agita bastidores

MISTÉRIO NO AR

O bilionário russo Bons Berezovski, apontado como homem-forte por trás da MSI, teria vindo ao Brasil para investir no Flamengo e comprar a Varig

WAGNER VILARON

Era para ser uma visita secreta, pautada em um ainda mal explicado acordo diplomático com o Itamaraty Porém, a presença em São Paulo do magnata russo Boris Berezovski, famoso no Brasil por ser, de acordo com relatório do Ministério Público Estadual, um dos investidores da parceria Corinthians/MSI, agitou autoridades, políticos e, claro, os bastidores corintianos.

A história começou no início da noite de sexta-feira, quando vazou a informação de que o bilionário estava hospedado em hotel da Capital. Confirmada a presença do russo, o deputado estadual Romeu Tuma Jr (PMDB), que já chefiou a Interpol brasileira, solicitou apoio da PM, que posicionou três viaturas na frente do hotel Unique, na região central, para impedir a fuga de Berezovski. A ação, porém, não evitou que o magnata sumisse.

A suspeita é de que o empresário tenha embarcado em seu jato particular e voltado para Londres, onde vive exilado.
Ao que tudo indica, Berezovski e sua comitiva (oito pessoas no total) deixaram o local com pressa. "O grupo ocupou oito quartos e nenhum eles fez o check-out (saída), e os funcionários não viram ninguém saindo com malas. Por isso, há a possibilidade de os pertences deles ainda estarem nos apartamentos", explicou o advogado do hotel, Alexandre Gottlieb Lindenbojm. "Vou sugerir à direção do hotel que mantenha esses quartos isolados até para que a polícia, se assim entender, possa realizar algum tipo de busca."

Um dos mais desapontados com o fato de Berezovski ter entrado no país é o promotor do Gaeco, José Reinaldo Guimarães Carneiro que, ao lado de Roberto Porto, conduziu as investigações sobre a origem do dinheiro que alimenta a MSI.

"Mantive contato com a Polícia Federal na madrugada deste sábado e fui informado de que o Boris Berezovski conseguiu entrar no Brasil graças a um acordo diplomático", afirmou Carneiro. "O que sei é que até abril do ano passado existia um mandado de prisão contra ele. Então, espero que nos próximos dias apareça a explicação sobre se esse documento ainda está em vigor e, se estiver, qual o motivo de ter sido ignorado."


EXÍLIO POLÍTICO

A informação obtida por Carneiro vai ao encontro do que Tuma Jr apurou junto a seus contatos no governo federal.

"Conversei com o Márcio Thomaz Bastos (Ministro da Justiça) e ele me disse que foi um acerto feito com o Itamaraty e que ele (Berezovski) entrou como exilado político", observou.

"Acontece que se concede exílio político a pessoas perseguidas ou ameaçadas no país onde moram. Até onde sei, o senhor Berezovski tem uma vida bastante confortável na Inglaterra.

Além disso, que tipo de exilado é esse que chega no domingo e vai embora na sexta-feira?" O próprio deputado tem parte da resposta para sua pergunta. "Há informações de que ele quer comprar o Flamengo e estaria negociando para salvar a Varig", explicou. "A estratégia é simples: o governo faz vista grossa em troca desses investimentos." O fato de não ter sido avisado da presença de Berezovski teria provocado a ira do presidente corintiano, Alberto Dualib.

(Diário de S. Paulo, Esportes, 30/04/2006, p. C-4)

Varig negocia com magnata russo

Exilado na Inglaterra, Berezovsky é procurado na Suíça, na França e em seu país por lavagem de dinheiro

Jamil Chade
Marcos Rogério Lopes

O magnata Boris Berezovsky, apontado como o maior acionista do fundo de investimentos MSI, parceiro do Corinthians, estuda um plano para salvar a Varig. Ele esteve por duas semanas no Brasil e se reuniu com a alta cúpula da empresa aérea por vários dias. Procurado na Suíça, França e em seu país por lavagem de dinheiro, ele admitiu ao Estado, com exclusividade, que avalia investir na empresa brasileira. Berezovsky vive exilado na Inglaterra e é acusado de ter participado no desvio de US$600 milhões da empresa aérea russa Aeroflot para contas na Suíça, segundo o Tribunal Federal Suíço.

"Acabo de regressar hoje (ontem) do Brasil, onde encontrei pessoas extremamente interessantes e estudadas", afirmou o russo. Ele mora Londres com aval do governo britânico, mas tem seus passos seguidos de perto pelo governo russo. No final do ano passado, ele já havia indicado ao Estado seu desejo de conhecer o Brasil, o que gerou da embaixada russa em Brasília comentários de que o empresário seria preso se fizesse tal viagem.

Berezovsky não explicou como conseguiu visto para entrar no Brasil, mas garantiu que quer "voltar logo" ao País. "O Brasil é cheio de oportunidades de negócios. Uma delas é a Varig e estou estudando a situação da empresa para tomar uma decisão", afirmou.

Quem convenceu o investidor a vir ao País foi seu braço direito no Brasil, o empresário Renato Duprat. "Ele é do ramo, já foi dono da Aeroflot e tem interesse em investir no Brasil, que considera uma das mais promissoras economias do mundo, ao lado de China e Índia", disse Duprat, que foi dono da Unicor, empresa de assistência médica que faliu deixando dívidas e pendências com ex-funcionários e clientes no fim da década de 90.

Foi o brasileiro quem apresentou ao Corinthians o iraniano Kia Joorabchian, amigo de Berezovsky e presidente do fundo MSI. Também é Duprat que costuma servir de ponte e intérprete nas conversas do presidente do clube paulista, Alberto Dualib, com o investidor.

O russo ficou hospedado no Hotel Unique e se encontrou diariamente com a alta cúpula da Varig. "Foi lá o presidente, o vice e um diretor. Mas agora não sei os nomes", afirmou Duprat. "Foram várias reuniões nas quais eles detalharam a situação da empresa, mostraram o tamanho da companhia e tentaram convencer o Berezovsky da viabilidade do investimento." De acordo com Duprat, não se falou em valores. "Ainda é muito cedo para isso. Sequer se mencionou de quanto seria a oferta", garantiu.

Berezovsky jamais admitiu ter investido na MSI e nem tampouco o fundo de investimentos confirma a ligação com o milionário russo. O magnata garantiu não ter tratado de temas relacionados ao Corinthians. "Fui apenas tratar de outros negócios", disse.

"Tenho certeza de que o Brasil será uma das economias que mais crescerão nos próximos cinco ou seis anos."

A Varig informou que recebe qualquer pessoa interessada em participar do processo de capitalização da companhia e que o russo se apresentou como possível investidor.

Até sexta-feira à noite havia quatro propostas no processo de recuperação da Varig: a da Varig Log (US$ 400 milhões), o chamado Plano B (venda da parte doméstica com financiamento pelo BNDES), o projeto do movimento Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) e a proposta que o consultor Jayme Toscano disse representar e que geraria uma injeção de recursos de US$ 1,9 bilhão.
COLABOROU NILSON BRANDÃO JUNIOR

(O Estado de S. Paulo, Economia & Negócios, 30/04/2006)