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Noticiário - Antonio Roque Citadini

Friday, May 26, 2006

Shevchenko anuncia saída do Milan

Roma, 26 mai. (EFE).- O atacante ucraniano Andriy Shevchenko, que esta tarde teve uma reunião com Adriano Galliani, administrador e vice-presidente do Milan, chegou a um acordo para deixar o clube, segundo anúncio em entrevista coletiva.
Desta forma, chega ao final o período de sete temporadas em que Shevchenko jogou no Milan, no qual se transformou no segundo artilheiro em partidas oficiais da história do clube.
Por enquanto, embora seja praticamente certo que Shevchenko jogará no Chelsea, não existe um acordo fechado entre os clubes, afirmou Galliani, que disse "que agora começarão as negociações com o clube inglês, e não serão fáceis".
Shevchenko, que tem contrato em vigor com o Milan até 30 de junho de 2009, tinha expressado há dias sua intenção de deixar o clube e ir para o Chelsea por "motivos familiares".
A esposa de Shevchenko te influência decisiva nesta decisão, ao pedir para a família abandonar a Itália e se mudar para Londres, já que quer que seus filhos (por enquanto, o casal tem um) cresçam em um país de língua inglesa.
Shevchenko está casado desde meados de 2005 com a modelo americana Kristen Pazik, com quem ele vive desde 2001 e que, curiosamente, tinha deixado pouco antes de ser namorada de um dos filhos de Silvio Berlusconi, proprietário do clube.
O jogador ucraniano comunicou a intenção de deixar o Milan ao próprio Berlusconi, com quem manteve desde sua chegada ao clube uma boa relação. Inclusive, o ex-primeiro-ministro italiano foi o padrinho de casamento de Shevchenko.
"Saio por motivos familiares, agradeço ao clube por tudo aquilo que me deu. Não se trata de um problema de relação (embora em algumas partidas, Shevchenko, ao ser substituído, tenha discutido com o técnico Carlo Ancelotti), nem um problema econômico", justificou Shevchenko ao final da reunião com Galliani, na sede do clube.
Segundo Shevchenko, trata-se de "uma escolha de vida, para minha família e para mim".
Galliani, por sua vez, afirmou que a saída de Shevchenko é "o triunfo do idioma inglês sobre o italiano". "Tentei até o último minuto convencê-lo a continuar. Claro, é a separação mais dolorosa desde que estou no Milan".
Apesar de o clube não reconhecer, alguns veículos informaram dias atrás que o Milan teria oferecido a Shevchenko uma ampliação de seu contrato em vigor até 30 de junho 2011, além de um aumento.
"Sempre dissemos que o Milan não cede nenhum jogador por dinheiro, mas não retém nenhum jogador que pede para sair", afirmou Galliani.
Por enquanto, o Milan comunicou não ter acordo algum com o Chelsea do multimilionário russo Roman Abramovich, amigo de Shevchenko e clube para o qual o jogador disse que deseja ir.
Alguns veículos indicaram nos últimos dias uma suposta diferença entre a oferta do Chelsea e o pedido do Milan. Assim, se apontava que o clube inglês oferecia o pagamento de 20 milhões de euros em dinheiro, a transferência do francês William Gallas - pretendido pelo clube de Milão - e a de um jogador entre o marfinense Didier Drogba e o argentino Hernán Crespo.
Por outro lado, especula-se que o Milan pedia uma quantia próxima a 50 milhões de euros, mais Gallas.
O que hoje fica claro é que, caso não aconteça um acordo entre os clubes, Shevchenko, um dos melhores atacantes mundiais dos últimos tempos, abandona o futebol italiano.
Shevchenko vai embora a quatro meses de completar 30 anos e às portas de jogar sua primeira Copa.
Em sua passagem pelo Milan, que começou em 1 de julho de 1999, ele anotou 173 gols em partidas oficiais (127 no Campeonato Italiano) e conquistou uma Liga dos Campeões da Europa, um Campeonato Italiano, uma Supercopa Européia, uma Supercopa Italiana, uma Copa da Itália e a "Bola de Ouro do Futebol Europeu 2004".

(UOL Últimas Notícias, http://noticias.uol.com.br/ultnot/2006/05/26/ult1777u46180.jhtm, 26/05/2006, 14h13)

Wednesday, May 24, 2006

Ministro das Telecomunicações Russo é Acusado de Lavagem de Dinheiro


Um Tribunal suíço de arbitragem empresarial declarou que Leonid Remain, Ministro das Telecomunicações da Rússia, usava esquemas de lavagem de dinheiro em uma proposta para comprar uma torre de operação de uma rede de telefonia móvel, OAO Megafon, informou o LV Finance Group em um depoimento, relatou a The Associated Press.

Disse o LV que "A decisão do Tribunal confirmou que o único beneficiário do fundo IPOC sediado nas Bermudas e a alegada opção sobre 25% da torre da Megafon, é de Reiman", que esteve envolvido numa disputa com o IPOC sobre a torre por quase três anos.

Noticiou também que o Tribunal de Zurique descobriu que o dinheiro usado pelo IPOC (Fundo de Crescimento Internacional) para dar entrada no pagamento da torre havia sido de "fonte criminosa". O Tribunal não aceitou a reclamação do IPOC de 19,05% das ações da Megafon, terceira maior empresa de telefonia móvel da Rússia, relatou o jornal empresarial Vedomosti na terça-feira. IPOC já possui um pouco mais de 5% da companhia.

Ninguém no Ministério de Informações Tecnológicas e Comunicações pôde ser encontrado para comentar o assunto. Contudo, IPOC disse em um depoimento que consideraria apelar do veredicto no Supremo Tribunal Suíço.

Ela também acusou o grupo financeiro e industrial Alfa Group, agora proprietário do LV, de usar "suborno e corrupção " para tentar desviar os procedimentos legais. O Alfa Group é o maior acionista da OAO Vimpel Communications (VIP), um dos maiores rivais da Megafon.

IPOC e VimpelCom têm lutado em uma rede de processos em várias jurisdições sobre a venda da torre da Megafon. IPOC argumenta que teve uma antecipação de direitos para comprar as ações. O Tribunal suíço não identificou Reiman pelo nome, mas chamou-o de "Testemunha no. 7" e disse que ele tinha sido o beneficiário do IPOC e o presidente da diretoria do gigante da telecomunicação Svyazinvest, um posto anteriormente ocupado por Reiman, informou Vedomosti.

Reiman já enfrentou acusações de lavagem de dinheiro antes, e negou-as veementemente. Em dezembro, o Wall Street Journal relatou que os procuradores alemães suspeitavam que ele havia enriquecido ilegalmente com as transações ocorridas por ocasião das privatizações de 1990 na fase pós -soviética da Rússia.

Citando cartas dos procuradores, o jornal disse que Reiman tirou vantagem de sua posição, inicialmente como um executivo de uma companhia estatal de telefonia em São Petersburgo, para ajudar na transferência de recursos e dinheiro de Telecomunicações para fora da Rússia e através de uma rede de companhias para o fundo IPOC. Representantes do IPOC argumentaram consistentemente que este foi adquirido pelo advogado dinamarquês, Jeffrey Galmond, um amigo de longa data de Reiman. Contudo, a própria equipe legal de Galmond admitiu recentemente que esta posição não poderia ser mantida.

Em depoimento LV disse que o Tribunal "concluiu também que ele (Reiman) é o proprietário soberano de um número de companhias offshore em diferentes jurisdições que envolvem os negócios do IPOC."

LV observou que o Tribunal descobriu que Reiman tinha determinado ilegalmente conceder uma licença de operação à Telecom XXI, "uma companhia em que ele é um beneficiário financeiro." LV acrescentou que o julgamento "mostra que Reiman estava infringindo suas responsabilidades oficiais como Ministro das Comunicações, ao abusar de sua posição para obter lucro pessoal."

(MosNews, www.mosnews.com/news/2006/05/24/reimanswiss.shtml, 24/05/2006)