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Noticiário - Antonio Roque Citadini

Monday, May 14, 2007

Unsworth salva o Wigan por uma fração de pontos

Kevin McCarra no Bramall Lane
The Guardian


O Wigan Athletic foi derrotado por 1 a 0, teve seu capitão Arjan de Zeeuw machucado e seu atacante Lee McCulloch expulso com um cartão vermelho, mas não permitiria perder seu status de time da Premiership. Embora o Sheffield United, também tenha se esforçado muito para permanecer na briga, foram os visitantes que tiveram o melhor desempenho e dominaram o primeiro tempo e a elasticidade de proteger a vantagem uma vez que eles estavam na frente outra vez.

Nada havia que pudesse confundir o Wigan, que sabia que somente a vitória poderia salva-los. Considerava-se que eles seriam incapazes de derrotar absolutamente qualquer um desde a sua vitória em Manchester, no dia 03 de março, este resultado constituiu uma façanha de motivação para o técnico, Paul Jewell. A sua equipe tinha convicção e, até que o Manchester United finalmente a eliminasse, ela manteria a pose.
Do ponto de vista de Neil Warnock, ele teria estendido sua permanência no Premiership se o West Ham fosse derrotado em Old Trafford. As queixas tinham, portanto, sido severas e as especulações sobre uma ação legal contra o registro de Carlos Tevez vão ressoar, mas o Sheffield United não pode colocar toda a culpa em terceiros.
Eles se despediram levando horríveis memórias consigo do returno do campeonato. Havia uma certa ironia melodramática, típica nestas ocasiões, quando o segundo gol do Wigan foi convertido na marca dos pênaltis ao fim do primeiro tempo pelo substituto David Unsworth, o qual Warnock transferiu para seus oponentes em janeiro. Assim, como fatos banais acontecem, o zagueiro falhou contra o Manchester United num empate com gols contra o Blackburn no Bramall Lane, em setembro.
Os perdedores ficaram mais atormentados por outro motivo. Como Kevis Kilbane deu um chute-livre pela direita, Phil Jagielka provavelmente estava sendo acotovelado por Emile Heskey, mas o árbitro Mike Dean não tomou nenhuma providência sobre o caso e penalizou o lateral direito do Manchester United por levar a bola com o braço. A conversão de Unsworth de 12 jardas, baixo na esquerda de Paddy Kenny, foi generosa.
Dean se recusou a dar o pênalti, como se sentisse que uma descarada ofensa isolada encontraria seu critério numa competição tão frenética quanto esta. Faltavam ainda 16 minutos, quando McCulloch descobriu os limites de tolerância do árbitro. Tendo sido advertido previamente por reclamação, ele levou outro cartão amarelo por uma falta em Michael Tonge.
O United foi incapaz de tirar proveito. Quando eles estavam no limite de equalizar que tinham se redimido e condenado o Wigan, isto foi porque Mike Pollitt, terceiro goleiro de Jewell até há pouco tempo, interpretam mal um cruzamento aos 82 minutos de Keith Gillespie que tocou a trave. O esforço do time de Warnock foi imenso, mas também foi direcionado casualmente.
Eles tinham batido na trave de madeira depois de um raro acerto no jogo coordenado aos 54 minutos. Uma leve cabeçada de Stephen Quinn expôs a defesa quadrada do Wigan e o substituto Danny Webber brincou ruidosamente ao explodir contra a trave. Tais frações somaram ao êxito do Wigan.
Com os ouvidos tensos pelos assobios em tempo integral, Jon Stead virou seu homem e rolou a bola através de seis jardas, justamente além do alcance de Webber. Há um ano, também vestido de branco e vermelho, Stead foi transferido com Sunderland. Ele está prestes a cair outra vez, podem haver técnicos dispostos a mantê-lo no Premiership.
Stead tinha igualado a partida aos 38 minutos de jogo. Assim como Jagielka cruzou, Pollitt foi indeciso e não avançou a tempo de impedir o atacante de por a bola na rede com uma corajosa cabeçada. Havia, ao invés de um doloroso esforço humano do goleiro, do marcador e do zagueiro do Wigan, Ryan Taylor. Somente o último era incapaz de continuar.
Até esse episódio o Manchester United mal tinha colocado um dedo no Wigan. Tão assustadoramente fácil e sofisticado estavam os visitantes, que alguns começaram a suspeitar que Jewell iria ultrapassar sua inteligente estratégia anterior, quando derrotou o Liverpool para manter o Bradford no Premiership, há sete anos. O excelente Heskey tinha perdido uma chance antes, aos 14 minutos.
Ele jogou a bola para Kilbane, na esquerda e sua jogada foi convertida suavemente pelo pé esquerdo de Paul Scharner. O austríaco, que poderia ter dobrado a vantagem quando ele, ao invés disso, cabeceou em um cruzamento de Heskey, oito minutos depois, teve uma grande influência. Foi a custo do Wigan que o meio-campo teve que externar isto, na defesa seguinte em que Zeeuw machucou o joelho.
Os homens de Jewell estavam relativamente ruidosos e poderiam ter sido tranqüilizados se Paddy Kenny não tivesse sido encoberto por um chute do grandioso Hersey, aos 50 minutos de jogo. O antigo homem da Inglaterra poderia estar tentando uma devolução, se sempre pressionasse seu lado desta maneira. O United não tinha ninguém tão ameaçador e, enquanto eles estavam obsessivamente renovando suas investidas, a fratura na perna sofrida por Rob Hulse ressoou em suas mentes. Os homens de Warnock terão que se repreender, acima de tudo, pelo tom de nervosismo deste lance perdido pela terceira partida consecutiva invicta que teria completado um triunfo para Bramall Lane.
O homem da partida: Paul Scharner
Um desempenho redondo do austríaco que começou no meio-campo e mais tarde trocou de posição para quarto-zagueiro, onde desempenhou maravilhosamente.
Melhor momento: Jogo rápido na abertura impondo nervosísmo ao Manchester United.


(The Guardian, http://football.guardian.co.uk/Match_Report/0,,2078895,00.html, 14/05/2007)