Rússia: Relações com Londres podem deteriorar-se
As relações entre Londres e Moscovo arriscam-se a se deteriorarem o governo não tomar medidas contra o empresário russo Boris Berezovski, exilado na capital britânica, afirmou hoje o embaixador da Rússia em Londres.
«Uma solução rápida ajudaria a melhorar, desenvolver as nossas relações, até mesmo de forma aprofundada», disse Iuri Fedotov, em entrevista ao diário britânico Guardian.
«Mas a ausência de reacção terá um certo impacto sobre as nossas relações bilaterais» e criará uma «nova situação», alertou.
O embaixador disse ao jornal ter entregue una carta ao ministro do Interior britânico, John Reid, na qual insiste na importância que Moscovo dá a este caso de Berezovski.
Segunda-feira, a Procuradoria-Geral da Rússia enviou às autoridades britânicas um novo pedido de extradição do empresário Boris Berezovski.
«Pedimos aos colegas britânicos para que façam uma avaliação, do ponto de vista jurídico-criminal, das declarações de Berezovski e pedimos para que eles voltem à questão da revogação do estatuto de refugiado político», declarou Tchaika.
«Exigimos a sua extradição para a Rússia», acrescentou.
O magnata russo é acusado de «tomada do poder através da força ou manutenção do poder através da força», cujo artigo do Código Penal da Rússia prevê uma pena de 12 a 20 anos.
O motivo para este novo pedido de extradição foi uma entrevista concedida por Boris Berezovski ao diário britânico The Guardian, na qual declarou ser impossível mudar o actual regime existente na Rússia através de meios democráticos.
«Sem força, sem pressão, não haverá mudanças», declarou o empresário russo, que se refugiou no Reino Unido em 2003.
Há muito que Moscovo não reagia de forma tão intensa e dura a declarações do adversário do Presidente russo, Vladimir Putin.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, lançou um apelo ao governo de Londres para retirar a Berezovski o estatuto de refugiado político e marcar posição face aos apelos à violência feitos pelo oligarca russo.
«O regime de Putin é anticonstitucional e, por isso, a via revolucionária é a única para o mudar. Ou seja, a força. Estou convencido que não pronuncio nada contra as leis vigentes na Grã- Bretanha», concluiu o magnata russo.
O Kremlin fez várias tentativas junto das autoridades britânicas para conseguir a extradição de Berezovski depois de 2003, mas sem êxito.
Londres apenas consentiu que funcionários da Procuradoria-Geral da Rússia interrogassem Berezovski em território britânico sobre a morte de Alexandre Litvinenko, ex-agente dos serviços secretos russos envenenado em circunstâncias pouco claras.
Boris Berezovski fez parte do grupo de oligarcas que enriqueceu rapidamente na década de 1990.
Considerado um dos homens com maior influência na «corte» do Presidente Boris Ieltsin, o magnata afirma ter sido ele a escolher Putin para suceder ao desacreditado Ieltsin no Kremlin.
Porém, em 2003, após Putin ter reforçado o seu poder e ter dado início à luta contra os oligarcas, Berezovski foi obrigado a fugir da Rússia e a procurar refúgio no Reino Unido.
Diário Digital/lusa
(Diário Digital, http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=272277, 19/04/2007, 10h15)
«Uma solução rápida ajudaria a melhorar, desenvolver as nossas relações, até mesmo de forma aprofundada», disse Iuri Fedotov, em entrevista ao diário britânico Guardian.
«Mas a ausência de reacção terá um certo impacto sobre as nossas relações bilaterais» e criará uma «nova situação», alertou.
O embaixador disse ao jornal ter entregue una carta ao ministro do Interior britânico, John Reid, na qual insiste na importância que Moscovo dá a este caso de Berezovski.
Segunda-feira, a Procuradoria-Geral da Rússia enviou às autoridades britânicas um novo pedido de extradição do empresário Boris Berezovski.
«Pedimos aos colegas britânicos para que façam uma avaliação, do ponto de vista jurídico-criminal, das declarações de Berezovski e pedimos para que eles voltem à questão da revogação do estatuto de refugiado político», declarou Tchaika.
«Exigimos a sua extradição para a Rússia», acrescentou.
O magnata russo é acusado de «tomada do poder através da força ou manutenção do poder através da força», cujo artigo do Código Penal da Rússia prevê uma pena de 12 a 20 anos.
O motivo para este novo pedido de extradição foi uma entrevista concedida por Boris Berezovski ao diário britânico The Guardian, na qual declarou ser impossível mudar o actual regime existente na Rússia através de meios democráticos.
«Sem força, sem pressão, não haverá mudanças», declarou o empresário russo, que se refugiou no Reino Unido em 2003.
Há muito que Moscovo não reagia de forma tão intensa e dura a declarações do adversário do Presidente russo, Vladimir Putin.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, lançou um apelo ao governo de Londres para retirar a Berezovski o estatuto de refugiado político e marcar posição face aos apelos à violência feitos pelo oligarca russo.
«O regime de Putin é anticonstitucional e, por isso, a via revolucionária é a única para o mudar. Ou seja, a força. Estou convencido que não pronuncio nada contra as leis vigentes na Grã- Bretanha», concluiu o magnata russo.
O Kremlin fez várias tentativas junto das autoridades britânicas para conseguir a extradição de Berezovski depois de 2003, mas sem êxito.
Londres apenas consentiu que funcionários da Procuradoria-Geral da Rússia interrogassem Berezovski em território britânico sobre a morte de Alexandre Litvinenko, ex-agente dos serviços secretos russos envenenado em circunstâncias pouco claras.
Boris Berezovski fez parte do grupo de oligarcas que enriqueceu rapidamente na década de 1990.
Considerado um dos homens com maior influência na «corte» do Presidente Boris Ieltsin, o magnata afirma ter sido ele a escolher Putin para suceder ao desacreditado Ieltsin no Kremlin.
Porém, em 2003, após Putin ter reforçado o seu poder e ter dado início à luta contra os oligarcas, Berezovski foi obrigado a fugir da Rússia e a procurar refúgio no Reino Unido.
Diário Digital/lusa
(Diário Digital, http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=272277, 19/04/2007, 10h15)
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