Cartolas são investigados de novo por elo com russo
Corintianos e políticos são suspeitos de facilitar entrada de Berezovski no país
Segundo o Ministério Público, envolvidos teriam planos de negociar com o magnata, visado em acordo de extradição com a Rússia
Segundo o Ministério Público, envolvidos teriam planos de negociar com o magnata, visado em acordo de extradição com a Rússia
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
DO PAINEL FC
O Ministério Público de São Paulo iniciou nova investigação sobre Boris Berezovski e o Corinthians. Examina indícios da ação de dirigentes e até de políticos para facilitar a entrada do foragido russo no país. E também o interesse dessas pessoas em negociar com o magnata, recebendo dinheiro que, segundo os promotores, é fruto de ações criminosas.
Há a suspeita de dois crimes. Um está previsto no artigo 348 do Código Penal, com o nome de favorecimento pessoal. Trata da ajuda para que criminosos se esquivem da polícia.
O segundo, no artigo 349, é batizado de favorecimento real: prestar a criminoso auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. Nessa investigação, a ilegalidade seria ajudar Berezovski a trazer dinheiro de origem ilícita para o Brasil.
A pena máxima para cada um dos crimes é de seis meses.
O trabalho será feito pelo Gaeco, órgão de combate ao crime organizado do Ministério Público Estadual.
Os principais alvos no clube são o presidente corintiano, Alberto Dualib, o vice Nesi Curi e o empresário Renato Duprat.
Recentemente, Duprat esteve em Londres para tratar de investimentos do russo, foragido em seu país após ser condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Duprat viajou acompanhado do deputado estadual Vicente Cândido (PT-SP) e de Juan Quirós, presidente da Apex, agência ligada ao governo e que tem a missão de captar recursos no exterior. Ambos também serão investigados.
A investigação não tem nada a ver com a concluída em 2005 pelo Gaeco. Na ocasião, o órgão elaborou um relatório apontando que a MSI lavou dinheiro no Corinthians. E com Berezovski como chefe.
Encaminhou o documento ao Ministério Público Federal, que acionou a Polícia Federal.
Em Brasília, o trabalho ainda não foi concluído.
"Entendemos que, se houve crime, foi em São Paulo, então está dentro do nosso raio de ação", disse o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro.
Ele acredita que os dirigentes corintianos alegarão que não cometeram crime porque Berezovski não foi condenado pela Justiça brasileira. "Mas sua prisão é pedida pela Rússia, com quem o Brasil mantém um acordo de extradição", afirmou.
Segundo Duprat, Berezovski está disposto a investir ao menos R$ 1 bilhão em infra-estrutura no país e em biodiesel.
Além disso, participaria de um fundo para construir um novo estádio para o Corinthians, no valor de R$ 500 milhões.
Os corintianos chegaram a apresentar o projeto da arena ao presidente Lula.
Ontem, o Gaeco receberia delegação do Ministério Público da Rússia. Porém, os russos tiveram problemas em seu vôo, chegaram atrasados e pediram para que o encontro ser adiado.
A delegação deve ir a Brasília hoje. Visitará a Procuradoria Geral da República e, provavelmente, o Ministério da Justiça. Os russos buscam garantias para o tratado de extradição.
Há a suspeita de dois crimes. Um está previsto no artigo 348 do Código Penal, com o nome de favorecimento pessoal. Trata da ajuda para que criminosos se esquivem da polícia.
O segundo, no artigo 349, é batizado de favorecimento real: prestar a criminoso auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. Nessa investigação, a ilegalidade seria ajudar Berezovski a trazer dinheiro de origem ilícita para o Brasil.
A pena máxima para cada um dos crimes é de seis meses.
O trabalho será feito pelo Gaeco, órgão de combate ao crime organizado do Ministério Público Estadual.
Os principais alvos no clube são o presidente corintiano, Alberto Dualib, o vice Nesi Curi e o empresário Renato Duprat.
Recentemente, Duprat esteve em Londres para tratar de investimentos do russo, foragido em seu país após ser condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Duprat viajou acompanhado do deputado estadual Vicente Cândido (PT-SP) e de Juan Quirós, presidente da Apex, agência ligada ao governo e que tem a missão de captar recursos no exterior. Ambos também serão investigados.
A investigação não tem nada a ver com a concluída em 2005 pelo Gaeco. Na ocasião, o órgão elaborou um relatório apontando que a MSI lavou dinheiro no Corinthians. E com Berezovski como chefe.
Encaminhou o documento ao Ministério Público Federal, que acionou a Polícia Federal.
Em Brasília, o trabalho ainda não foi concluído.
"Entendemos que, se houve crime, foi em São Paulo, então está dentro do nosso raio de ação", disse o promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro.
Ele acredita que os dirigentes corintianos alegarão que não cometeram crime porque Berezovski não foi condenado pela Justiça brasileira. "Mas sua prisão é pedida pela Rússia, com quem o Brasil mantém um acordo de extradição", afirmou.
Segundo Duprat, Berezovski está disposto a investir ao menos R$ 1 bilhão em infra-estrutura no país e em biodiesel.
Além disso, participaria de um fundo para construir um novo estádio para o Corinthians, no valor de R$ 500 milhões.
Os corintianos chegaram a apresentar o projeto da arena ao presidente Lula.
Ontem, o Gaeco receberia delegação do Ministério Público da Rússia. Porém, os russos tiveram problemas em seu vôo, chegaram atrasados e pediram para que o encontro ser adiado.
A delegação deve ir a Brasília hoje. Visitará a Procuradoria Geral da República e, provavelmente, o Ministério da Justiça. Os russos buscam garantias para o tratado de extradição.
Colaborou RENAN CACIOLI, Da Reportagem Local
(Folha de S. Paulo, Folha Esporte, 20/03/2007, p. D-2)
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