Estádio do Arsenal está ligado ao mistério russo
Paul Kelso
Sexta-feira, 1º de Dezembro de 2006
The Guardian
Ontem à noite, o Arsenal, recusou-se a fazer qualquer comentário sobre insinuações de que o estádio do clube, Emirates Stadium, teria sido visitado pela polícia responsável pela investigação do envenenamento do ex-agente da KGB, Litvinenko.
A especulação de que o campo poderia ter ligação com a investigação, surgiu logo após um sócio de Litvinenko ter revelado que visitou o Emirates Stadium pouco depois de ter se encontrado com Litvinenko. Uma porta-voz do Arsenal disse: "Eu não tenho nenhuma informação para você".
Andrei Lugovoi, um ex-membro da KGB (antigo serviço secreto soviético) que se encontrou com Litvinenko no dia 1º de novembro, data em que ele foi internado, viajou para Londres, em 31 de outubro com sua esposa e com a família para assistir ao jogo do CSKA Moscow com o Arsenal, na Liga dos Campeões. Litvinenko foi envenenado com uma substância radioativa, Polônio 210.
Sabe-se que a polícia está interessada nos passos de outros russos que viajaram para o Reino Unido para assistir à competição.
Embora Lugovoi tenha pedido ingressos a Boris Berezovsky, oligarca russo exilado, que possui um camarote no Emirates. As cadeiras de Berezovsky estavam lotadas, assim, o grupo de oito pessoas de Lugovoi recebeu ingressos para se sentar em outra parte do estádio.
Vestígios de uma substância radioativa foram encontrados em aviões da British Airways, que voaram de Moscou para Londres, em 31 de outubro, e de Londres para Moscou, no dia 03 de novembro, data em que Lugovoi disse ter retornado à Rússia.
O estádio não aparece na lista de locais onde foi encontrada radiação, mas a polícia disse haver alguns outros pontos de interesse, que foram pericidos e não foram mencionados.
(The Guardian, http://football.guardian.co.uk/Columnists/Column/0,,1961601,00.html, 01/12/2006)
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